A CPI da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (27) a convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para ser ouvido na próxima segunda-feira (31) em Curitiba.
A convocação do ex-ministro foi aprovada em bloco com outros requerimentos e não teve a resistência do PT. A Folha apurou que, como Dirceu estava preso, os deputados do partido consideraram que não teriam como evitar seu depoimento.
Dirceu foi preso pela Polícia Federal no início deste mês, em mais uma etapa da Operação Lava Jato, sob suspeita de ter recebido propina da Petrobras por meio de consultorias prestadas a empreiteiras investigadas. O ex-ministro nega a acusação e diz que os serviços foram efetivamente prestados.
Também foi aprovada a convocação de Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, também preso na Operação Pixuleco 2, apontado pelas investigações como lobista suspeito de representar Dirceu na Petrobras.
Isso porque a CPI está indo a Curitiba na próxima semana ouvir os presos na Operação Lava Jato. Isso inclui os representantes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, cujas convocações já haviam sido aprovadas.
A CPI também aprovou a convocação do ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada, do ex-gerente Celso Araripe, e de outros que trabalharam para a Odebrecht: Alexandrino Alencar, que é próximo do ex-presidente Lula, César Ramos Rocha e Márcio Faria.
Também foi aprovado o depoimento de Elton Negrão de Azevedo, da Andrade Gutierrez.
Parlamentares discutiram a convocação dos presos na Operação Lava Jato ligados ao setor elétrico, como o almirante Othon Pinheiro, mas o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), considerou que fugiam ao escopo da CPI, por ser focada na Petrobras.