A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (25) o reajuste médio de 10,79% nas tarifas da Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S.A. – EPB, que atende 216 dos 223 municípios da Paraíba. Os novos valores entram em vigor na próxima sexta-feira (28), para os cerca de 1,2 milhão de clientes da empresa. Para os consumidores residenciais, a alta média será de 10,51%, já para a indústria a elevação média será de 11,47%.
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O índice aprovado nesta terça se refere ao reajuste tarifário a que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel.
Os índices funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.
As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia.
Energia mais cara
Em 2015, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas.
Para consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as contas de luz vão subir mais neste ano porque a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada por essas três regiões.
No início de agosto, o governo federal anunciou o desligamento de 21 usinas térmicas de maior custo, o que deve gerar uma economia mensal nas operações da ordem de R$ 5,5 bilhões. Por conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das principais hidrelétricas do país, o governo vinha mantendo ligadas todas as térmicas disponíveis desde o final de 2012. Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu para a elevação do valor das contas de luz.
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para aliviar as altas nas tarifas.