Maranhão diz que só se alia ao PSB no segundo turno e afirma não temer perda de cargos no governo

Presidente estadual fala sobre cenário político e previsão para eleições de 2016

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O senador José Maranhão (PMDB) disse hoje que não estava em Brasília quando o presidente da Câmara Eduardo Cunha, do mesmo partido, anunciou rompimento como governo Dilma. Em entrevista, o presidente estadual da legenda disse que não tem conhecimento do processo, mas destacou que ficou sabendo rapidamente através da imprensa e das mídias sociais e não poderia deixar de opinar sobre o assunto.

“Isso agravou ainda mais a situação e cria mais um problema na bancada do PMDB na Câmara Federal com repercussões no Senado e na estrutura adminstrativa e pública do governo, porque o partido que garante a governabilidade éo PMDB e esse episodio, naturalmente, terá consequencias muito fortes nesse ponto da governabilidade, mas temos que aguardar os desdobramentos e ver como a bancada do PMDB na Câmara vai reagir e acompanhar a repercussão no Senado e em outros segmentos do governo”, explicou.

Questionado sobre a possibilidade do partido romper definitivamente com o PT e lançar candidatura própria para presidência da República, Maranhão disse que “venho defendendo essa linha há muito tempo e acho que o PMDB tem que parar com essa passividade de ser m mero coadjuvante, o PMDB tem que ser um partido determinante no processo político porque essa é a história da legenda e ninguém mais que o PMDB, com massa eleitoral e estrutura no Brasil inteiro, e com a própria base cobrando posição mais determinante na política nacional; não podemos continuar apoiando candidatos de outros partidos até porque o desgaste da presidente Dilma é evidente cria essa pressão e essa cobrança do partido”.

Segmentos do PSB de Campina Grande e João Pessoa afirmam que foi firmado um acordo para troca de apoios nas eleições do próximo ano. Os socialistas apoiariam a candidatura de Veneziano Vital do Rêgo em Campina Grande em troca do PMDB apoiar o candidato socialista na capital.

“Nunca chegou ao meu conhecimento, nem da parte de Veneziano, do PMDB, e nem da parte do PSB, agora é um principio que nós estamos defendendo, o PMDB como maior partido do estado da Paraíba certamente vai ter candidatos próprios em todos os municípios e com destaque para as grandes cidades como João Pessoa e Campina Grande, com relação a apoios de outros partidos é uma questão a ser discutida, evidentemente que nos dois municípios pode acontecer eleição no segundo turno e a aliança acontecerá no segundo turno”, pontuou.

Maranhão disse que o PMDB mantém a decisão de aliar-se a outra legenda apenas no segundo turno das eleições, mas destacou que esse posicionamento não implica em rompimento com o PSB. Questionado se o partido entregará os cargos que ocupa na gestão estadual, ele disse que “não temos muitos cargos no governo e se for necessário, nós devolveremos os cargos, isso é um acordo comum no partido”.

Indagado sobre a possibilidade do PMDB integrar a Frente de Oposição ao prefeito Luciano cartaxo, de João Pessoa, ele disse que não recebeu o convite ainda e não pode falar em nome do líder da frente, deputado federal Wilson Filho (PTB), afirmou apenas que seu partido faz oposição ao PT aqui na capital. “Claro que haverá oposição ao prefeito Luciano Cartaxo, nem os partidos pequenos abrem mão de lançar candidaturas à Prefeitura de João Pessoa e eu acho isso democrático e interessante”, finalizou.

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