POR JOSIVAL PEREIRA
Do portal Tambaú247
O deputado Manoel Júnior parece ter se articulado bem e deu passo importante para garantir sua candidatura a prefeito de João Pessoa com a reunião do diretório do partido, no sábado, aprovando a tese da candidatura própria pelo placar de 42 a 1.
Pelo que se sabe, estava prevista apenas uma reunião da Executiva do PMDB de João Pessoa, que é um colegiado bem menor, mas os diretorianos apareceram e acabou havendo a votação.
Dificilmente a tese da candidatura própria será derrotada no âmbito do atual Diretório Municipal do PMDB. Existem muitos candidatos a vereador que precisam do palanque próprio, além do entendimento de que a legenda precisa disputar em João Pessoa para não encolher mais ainda na Capital. Manoel Júnior representa esse sentimento.
De forma hábil, o deputado Gervásio Filho discursou na reunião lembrando que ele teria sido um dos principais defensores da candidatura do ex-senador Vital Filho a governador no passado. Quis dizer que não é contrário à candidatura em João Pessoa, mas acabou saindo antes da votação. Não se comprometeu.
Com o resultado da votação no diretório, o deputado Manoel Júnior poderá fazer avançar sua candidatura a prefeito de João Pessoa. Entretanto, terá ainda que vencer dois obstáculos.
O primeiro diz que respeito à escolha do novo presidente do partido na Capital. O deputado Gervásio Filho tem o trunfo de um acordo de rodízio celebrado há dois anos. Manoel Júnior certamente teme uma possível fritura de sua candidatura. Tenta evitar a ascensão de Gervásio, mas talvez tenha que se contentar com um compromisso do parlamentar de que apoiará a tese da candidatura própria. O senador José Maranhão fará uma reunião com os dois para resolver o impasse.
O outro obstáculo deverá ser criado no próximo ano, provavelmente com uma proposta do governador de aliança com o PMDB em João Pessoa e Campina Grande. Lá o PSB apoiando Veneziano Vital do Rego. Na Capital, com o PMDB aliando-se ao PSB.
No momento, as previsões são favoráveis ao deputado Manoel Júnior. O problema é que, em política, o tempo muda muito.
por Josival Pereira