Apesar do discurso de “independência” em relação ao governo federal, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse ontem que o seu partido vai apoiar o governo federal em todas as medidas necessárias para combater a crise econômica internacional.
Idealizador do novo partido, o prefeito criticou as denúncias “sem condenação” contra ministros do governo Dilma Rousseff, mas disse que a nova sigla não vai aderir à base de apoio da petista.
“O partido será independente, não faremos parte da base do governo. Me referindo às crises, em especial na economia, estaremos ao lado do governo. O PSD não lhe faltará [à presidente Dilma] nesse momento e em outros onde as medidas sejam compatíveis com o nosso programa, as nossas diretrizes”, afirmou.
Kassab disse que, no encontro hoje com Dilma, transmitiu à presidente sua disposição em ajudá-la nas “questões de governabilidade” e nas ações de combate à corrupção.
“Tivemos exposição de pessoas que nada contribui para a democracia. A presunção da inocência é fundamental. As pessoas têm família, ninguém foi condenado.”
Sobre a possibilidade dos parlamentares do PSD assinarem a CPI da Corrupção para investigar o governo Dilma, o prefeito disse que a decisão será das bancadas no Congresso.
“Não temos nenhum preconceito contra nenhuma CPI. É um instrumento legítimo do Legislativo. Quando necessária, terá apoio das nossas bancadas. É recomendável que decisões maiores sejam tomadas pelas bancadas em sua maioria.”
Mesmo com a declarada “independência”, Kassab disse estar disposto a apoiar o nome escolhido pelo PSDB para a prefeitura de São Paulo em 2014. Caso os tucanos rejeitem o apoio, Kassab disse que o PSD deve lançar candidato próprio. “Se quiserem, terão o nosso apoio. Caso contrário, vamos encontrar candidato para representar continuidade de um governo bem avaliado pela população.”