Charliton questiona Anísio sobre rompimento com grandes partidos: 'vale para as eleições municipais?'

“não pode ter dois discursos, um para cima e quando passa do Rio Sanhauá o discurso muda"

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O presidente do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, Charliton Machado, disse no fim da manhã desta segunda-feira, 15, que o V Congresso Nacional foi bem sucedido e defendeu que nunca houve unanimidade entre os filiados do PT em toda a história da legenda. “Na verdade, nenhum congresso do PT construiu a unanimidade do partido, a história do partido sempre será marcada pela divergências e eu não vejo isso como um aspecto destrutivo, o PT cresceu com essas divergências e continuará crescendo desta forma”, pontuou.

Em entrevista exclusiva ao Polêmica Paraíba, Charliton foi questionado sobre as críticas do deputado estadual Anísio Maia acerca do resultado do encontro partidário e respondeu que o companheiro de partido defendeu, no evento, o rompimento com o PMDB e o estreitamento de relações com partidos de esquerda.

“Cabe uma pergunta ao deputado Anísio, se ele vai defender a aliança com partidos de esquerda aqui e romper com as grandes legendas, que compõem a base de sustentação do governo federal?”, questionou. Charliton seguiu dizendo que é preciso pensar para a frente e manter um discurso, “não pode ter dois discursos, um para cima e quando passa do Rio Sanhauá o discurso muda, temos três anos de mandato da presidente Dilma e, de uma maneira geral, o PT não está rompendo com os partidos que compõem a base de sustentação”, explicou.

Sobre as eleições municipais, o presidente estadual do PT destacou que nas cidades há muitas peculiaridades.  “Quero saber se ele (Anísio Maia) defende aliança geral com os partidos de esquerda para as eleições municipais”, repetiu.

“Eu considero que as eleições municipais tem peculiaridades, eu defendo a manutenção da parceria com o PSB porque é uma aliança importante, e o PT deu sinais de que considera muito importante, mas vai depender do momento de 2016, não sabemos o que vai acontecer a partir do próximo ano; hoje eu defendo, mas o momento político pode ser diferente e o cenário muda, mas espero que seja tudo positivo”, finalizou.

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