O Senado e a Câmara Federal esperam que nesta semana sejam instaladas as CPIs para investigar a Confederação Brasileira de Futebol e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. A ideia é analisar possíveis irregularidades em contratos feitos para partidas da seleção brasileira, para campeonatos organizados pela CBF, assim como para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa de 2014.
A Câmara Federal vai instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito da “Máfia do Futebol”, tendo à frente o ex-judoca brasileiro João Derley (PCdoB-RS). O objetivo é investigar e apurar denúncias sobre o esquema de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa) e a prisão de sete dirigentes da entidade esportiva, acusados de crimes como fraude, suborno e formação de quadrilha. O documento de criação da CPI da Máfia do Futebol contou com 200 assinaturas de parlamentares.
“São fartas as evidências de que o futebol brasileiro esteja contaminado com negociatas ilegais, como pagamento de propinas para a realização de contratos como, por exemplo, a acusação de que a empresa Traffic pagava a Marin e a outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil”, diz um trecho do requerimento para criação da CPI.
Já no Senado Federal, a CPI que vai investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014 contou com iniciativa de quem também entende do esporte: o senador Romário (PSB-RJ). O parlamentar reuniu 53 assinaturas e espera iniciar os trabalhos de investigação nos próximos dias.
“Esperamos que todos aqueles que praticaram crime durante esses anos todos e se enriqueceram ilicitamente paguem pelos seus crimes, principalmente sendo presos”, disse o ex-jogador Romário.