Renan RamalhoDo G1, em Brasília
O PT informou que apresentou nesta terça-feira (26) uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para tirar o mandato da senadora Marta Suplicy (SP) por desfiliação partidária sem justa causa. O objetivo é transferir o cargo para seu segundo suplente, Paulo Frateschi (PT). O primeiro suplente é Antonio Carlos Rodrigues, filiado ao PR, atualmente ministro dos Transportes.
A ex-prefeita de São Paulo deixou o PT no mês passado com críticas ao envolvimento do partido em escândalos de corrupção e alegando ter sido “isolada e estigmatizada” pela direção.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente do diretório estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, afirmou que Marta resolveu deixar a sigla por “ambição política” e “oportunismo eleitoral”. A senadora recebeu convite para se filiar ao PSB e concorrer pelo partido à Prefeitura de São Paulo na eleição de 2016, mas ainda não informou se aceitará.
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Na nota, Emídio de Souza nega que o PT tenha cerceado as atividades partidárias ou parlamentares da senadora, lembrando que, pelo partido, ela foi eleita para diversos cargos no partido.
“Sucessivamente prestigiada, com o apoio da militância e das direções petistas, Marta Suplicy foi deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes ministra de Estado”, diz a nota.
“Lamentavelmente, a senadora retribui com falta de ética e acusações infundadas, a confiança e apoio que o PT lhe conferiu ao longo dos anos. Ao renegar a própria história e desonrar o mandato de senadora que exerce pelo PT, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou. Ao se demitir do dever de servir ao partido pelo qual foi eleita, a senadora incidiu em renúncia tácita de mandato, renúncia lógica e auto-evidente”, afirmou.