Nota: Instituições se unem contra mudanças da sede do legislativo e do nome do Palácio da Redenção

Documento fundamentando o posicionamento das entidades de classes foi entregue hoje ao presidente da ALPB

Dez importantes instituições da sociedade civil paraibana se uniram para impedir a mudança da sede do Poder Legislativo do Estado, bem como do nome do Palácio do Governo, ambos localizados na Praça dos Três Poderes, no centro da cidade de João Pessoa. Um documento fundamentando o posicionamento das entidades de classes foi entregue nesta terça-feira (05) ao presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB).

No documento, também está sendo solicitado aos deputados que ouçam o desejo do povo em nome das entidades culturais signatárias sobre as decisões propostas pelo Parlamento relativas às mudanças. Conforme os representantes mudar esses valores é rasgar a História; e a História só se muda tragicamente. É necessário que seja preservada a tradição de vigilância da Casa em defesa da soberania da vontade popular.

Para os representantes dos órgãos da imprensa, cultura, advocacia, turismo, arquitetura e ciências seria o fim da Praça, que reúne os poderes da Paraíba, se a sede do Legislativo sair do centro da Capital, como também não tem sentido mudar o nome do Palácio do Governo denominado de Redenção, batismo encontrado, num momento histórico irrevogável, para significar a revolução dos costumes políticos que o sacrifício do Presidente João Pessoa deflagrou, recolocando a Paraíba no panteão nacional.

Argumentam ainda que a remoção da sede desse Poder para outro local, fora do Centro Cívico, sedimentado pelos séculos, palco de revoluções e das grandes efemérides, só é concebível quando a transferência abrange a capital inteira, como justificou a construção de Brasília.

A solução apontada é a utilização dos seis pavimentos amplos do antigo edifício do IPASE, próximo a Assembleia Legislativa, que segundo os representantes, o prestígio do Legislativo paraibano e o reconhecido pragmatismo administrativo do atual governo, não enfrentariam grandes dificuldades em negociar com a União.
Assinaram o documento o presidente da IHGP, Joaquim Carneiro, Marcela Sitônio (API), Odon Bezerra (OAB/PB), Rogério Almeida (ABRAJET/PB), Damião Ramos (APL), Ricardo Bezerra (APLJ), Jairo Targino (ALANE), Ricardo Maia (APM), Wills Leal (APC) e Fabiano Melo (IAB).

API