A LONGA AGONIA DO PT E OS DIAS DO JUÍZO FINAL - Por Gilvan Freire

Houve um tempo em que quando o povo pensava em ir às ruas, a fim de demonstrar algum tipo de insatisfação, seja lá contra quem fosse e que tamanho tivesse o poder ou a autoridade contestada, o primeiro chegar e o último a sair era o PT, uma organização política e partidária forjada nas lutas de resistência democrática. E não era porque o PT fosse a favor de algo específico, mas porque parecia ser contra tudo.

Naquele princípio dos anos l980, como o regime ofegava em seus estertores e tudo que vinha fazendo violentava a consciência e a soberania do povo e suas liberdades, o demônio era ele, enquanto a população procurava por salvadores nas ruas, onde gritava Lula, atiçado por por trabalhadores em massa e suas assustadoras bandeiras vermelhas, assemelhadas aos símbolos comunizantes ainda vivos no mundo do antes derrubada do muro de Berlim e da desintegração da União Soviética.

Naquela época o país ainda possuía líderes políticos, até que Tancredo Neves morreu deixando o legado nas mãos impróprias de Sarney, o filho do regime moribundo , enquanto figuras como Ulisses, Brizola, Montoro, Covas e outros não se unificavam para chegar ao poder e garantir as transformações de que o país precisava. A Constituinte, contudo, foi um marco, sob a autoridade moral de Ulisses, para, ao menos, assegurar ao Brasil uma Constituição Cidadâ, plena de direitos e liberdades públicas e individuais. Mesmo assim, teve de nascer violentada dando cinco anos de mandato a Sarney , para não dizer que não fez barganha.

Foram desaparecendo todos os grandes líderes daqueles tempos, o que ensejou a aventura Collor, que teve uma eleição facilitada pelo medo que a população tinha do PT mais do que de Lula, porque eles continuavam sendo contra tudo e a favor de nada, vez que a esquerda intelectualizada queria ( e ainda quer ) colonizar e escravizar culturaralmente os que não são gênios inúteis quanto eles, precisamente o grosso majoritários da população.

Foi do fracasso de Collor que surgiu FHC, intelectual burguês da elite paulista ( a pior do país ), mas ainda teve a virtude de ganhar eleições de forma democrática e governar sem maiores desagrados da sociedade, embora seja o patrono dessa prostituta desavergonhada e reles chamada reeleição, que comprou de um Congresso que em plena democracia se prostituiu para não melhorar nunca mais. Mas não foi por causa dos governos de FHC que o PT demonizou-o, mas pelo fato de o PT e Lula terem perdido três eleições seguidas para ele e Collor.