247 – Em tabela com o juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato e que determinou na quarta-feira 15 a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o PSDB, presidido pelo senador Aécio Neves, pede agora a prisão dos “chefes da quadrilha”, em referência à presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Um texto do Instituto Teotonio Vilela (ITV), ligado ao partido, aponta que “desde o mensalão, protagonistas dos escândalos de corrupção patrocinados pelo PT começaram a acertar contas com a Justiça. Primeiro caíram próceres do partido, como José Dirceu e José Genoino. Agora estão caindo também seus operadores incrustados nas entranhas do aparato estatal, como os ex-diretores da Petrobras presos, além dos donos das chaves dos cofres, como João Vaccari”.
E questiona, a seguir: “Desde então, a grande questão que não cala é: quando as investigações e as punições irão chegar aos chefes desta quadrilha?”. O texto divulgado no site do PSDB prevê ainda que “com o belo trabalho feito pelo Ministério Público Federal, pela Justiça Federal e pela Polícia Federal, este dia parece estar ficando mais perto”.
“Não há dúvidas de que há motivos de sobra para punir quem esteve e quem está no topo da cadeia de comando, seja da organização criminosa, seja do país, ao longo destes últimos 12 anos”, finaliza o instituto. O PSDB, que recebeu 42% de doação eleitoral oriunda de empreiteiras investigadas na Lava Jato (leia mais), também não teve receio de apontar o que chamou de “provavelmente enlameado” dinheiro na campanha da reeleição de Dilma.
“Na função de tesoureiro do PT, ele [Vaccari] repassou R$ 30 milhões para a campanha que reelegeu Dilma em 2014 – dos quais R$ 4,8 milhões foram doados por empresas investigadas na Lava Jato. É dinheiro provavelmente enlameado na reeleição da presidente”.