Escolha de presidente de comissão gera crise na bancada governista na Assembleia Legislativa

Uma crise tomou conta da bancada governista na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (11). O problema foi criado após o líder do bloco, deputado Hervázio Bezerra (PSDB), indicar Adriano Galdino (PSB) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. O deputado João Henrique (DEM), que também pleiteava o posto, tratou a escolha como uma “traição” e sua insatisfação se estendeu a toda bancada do seu partido. Em função disso, o DEM decidiu entregar todos os cargos que detinha nas comissões permanentes.

O argumento utilizado por João Henrique foi o de que a presidência da CCJ por direito tinha que ser dada ao DEM, já que trata-se do maior partido da base governista e também pelo posto ter sido ocupado por Lindolfo Pires (DEM), que agora é secretário-chefe de Governo. “Nós somos da base do Governo desde o primeiro momento e recebemos como prêmio essa traição, essa punhalada”, afirmou.

Ele também fez duras críticas a Hervázio e disse que o DEM não o reconhecia como líder do bloco governista. “Como o líder do Governo a nota é dez, mas como líder do bloco a nota é zero”, disse.

Confira o áudio:

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João Henrique garantiu que ele e o DEM vão continuar na base governista, só vão deixar as comissões. “Se não servimos para CCJ não servimos para nenhuma comissão. Estamos entregando as vagas e o líder Hervázio faça as indicações que ele achar ideal”, completou.

Hervázio em sua defesa disse que a escolha para CCJ foi bastante difícil, mas que optou por Galdino porque ele começou a pedir votos primeiro. Ele disse que respeitava a opinião de Henrique. “É um posicionamento legítimo de alguém que está se sentindo no mínimo frustrado”, disse.

O líder disse que agora vai trabalhar para superar a crise. “Temos que trabalhar para superar essa pequena crise e para isso vamos contar com o apoio do secretário Lindolfo”, acrescentou.

Apesar de indicado pelo líder, Adriano Galdino ainda não pode ser considerar presidente da CCJ. Seu nome terá que ser aprovado no âmbito da Comissão. “Sou candidato da base do Governo, que é maioria na Comissão e por isso acredito que serei eleito”, afirmou o deputado.