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A jornalista Rachel Sheherazade concorda que os altos índices de violência no Brasil existem por uma questão social e por causa da corrupção, mas acredita que as pessoas devem ser responsabilizadas por causa das escolhas – especialmente quando erradas. “Por que um adolescente na Noruega tem mais maturidade que o adolescente no Brasil? O adolescente do Brasil tem acesso às mesmas informações que o adolescente na Noruega”, garantiu a jornalista em discussão no Pânico nesta quarta-feira (15).
Sheherazade concordou que a corrupção ajuda a fortalecer a criminalidade e pobreza, mas acredita no poder de escolha e caráter dos cidadãos. “Eu acho que (entrar para o mundo do crime) é uma questão de escolha, de arbítrio. Você pode optar pelo bem e pelo mal”, argumentou. “Tem que parar de atrelar a violência com a criminalidade. (O ex-ministro do STF) Joaquim Barbosa foi pobre”, exemplificou.
A jornalista negou a acusação de Amanda Ramalho, participante do Pânico, de que fortalece o discurso de ódio e extremista. “Eu trago meus argumentos e não trago ódio. E porque não trago? Porque penso na vítima. Estou trazendo amor porque estou pensando na vítima, o lado mais fraco”, disse ao citar o exemplo de Liana Friedenbach, morta em 2003 por uma gangue liderada por um, à época, menor.
À equipe de Emílio Surita, Rachel Sheherazade lembrou que começou a trabalhar como jornalista muito depois de formada e que, em pouco tempo, se transferiu para uma filiada do SBT em João Pessoa, na Paraíba, onde fez sucesso com um comentário político onde reclamava do carnaval. “O Silvio (Santos) viu o comentário e três dias depois eu fui contactada pelo SBT, achei que fosse piada, trote”, recordou.
“A corrupção é a mãe de todos os males”, concluiu a jornalista.