Cunha se diz 'absolutamente indiferente' a protestos contra ele  

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), afirmou nesta segunda-feira, 30, que é "absolutamente indiferente" aos protestos que vem sendo realizados contra ele em atos públicos. Nessa segunda, na abertura de um fórum sobre a reforma política, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ele recebeu vaias e gritos de um grupo de militantes defensor dos direitos LGBT. Por causa do barulho, o encontro foi transferido para o plenário da Casa para um público restrito. Na última sexta-feira, um protesto semelhante ocorreu quando Cunha participava de evento na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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PORTO ALEGRE – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), afirmou nesta segunda-feira, 30, que é “absolutamente indiferente” aos protestos que vem sendo realizados contra ele em atos públicos. Nessa segunda, na abertura de um fórum sobre a reforma política, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ele recebeu vaias e gritos de um grupo de militantes defensor dos direitos LGBT. Por causa do barulho, o encontro foi transferido para o plenário da Casa para um público restrito. Na última sexta-feira, um protesto semelhante ocorreu quando Cunha participava de evento na Assembleia Legislativa de São Paulo.

“Não estou nem um pouco preocupado”, disse a jornalistas. “São 20 ou 30 pessoas de um grupo específico que vem só para agredir, isso não tem que causar nenhuma preocupação. Isso não faz parte da democracia, isso é intolerância.” Segundo ele, é bom que a sociedade conheça quem são os “intolerantes”.

‘São 20 ou 30 pessoas de um grupo específico que vem só para agredir’, diz Cunha sobre manifestantes Helvio Romero/Estadão

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O peemedebista afirmou que sempre está aberto ao diálogo e que não é nem contra nem a favor dos direitos LGBT, mas que nesta ocasião estava em Porto Alegre para debater reforma politica, e não “costumes”. Cunha disse que não pensa mudar sua agenda por causa dos protestos recentes e sugeriu que, no caso de hoje, os manifestantes faziam parte de um grupo “previamente determinado a esse tipo de agressão” e com motivação política – entre os ativistas, havia integrantes da juventude de partidos como PSOL e PSTU. “A gente vê claramente quem é.”

Cunha também afirmou que existem temas no Congresso Nacional que estão prontas para serem votados ou não, e que a defesa dos direitos LGBT não está na pauta. “Isso (os protestos) é um movimento de pressão de um determinado grupo para uma pauta que não existe. Não tem uma pauta (LGBT) na Câmara para ser votada com relação a esse assunto”, revelou.