O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, embarcou neste fim de semana para Washington, nos Estados Unidos, para acompanhar representantes da força-tarefa da Operação Lava Jato que investiga o esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Janot deve pedir a cooperação das autoridades norte-americanas nas investigações do escândalo político brasileiro.
Diante das denúncias de fraude na estatal do petroleo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu, em novembro, uma investigação criminal contra a Petrobras. As autoridades norte-americanas estão investigando se a estatal ou funcionários da empresa receberam propina.
Além da investigação criminal, a Petrobras também é alvo da Securities and Exchange Comission (SEC) dos EUA, órgão que regula o mercado de capitais e que, no Brasil, seria correspondente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Petrobras tem papéis negociados nos mercados de Nova York, por isso o interesse dos EUA nas denúncias.
A Justiça norte-americana quer saber se a Petrobras, seus funcionários ou intermediários violaram o Ato de Práticas Corruptas Estrangeiras, um estatuto anti-corrupção que considera ilegal subornar oficiais estrangeiros para conseguir ou manter negócios.
A comitiva do Ministério Público deverá retornar ao Brasil até a próxima quinta-feira (12).
Na viagem à América do Norte, Janot participou de reuniões no Banco Mundial, no Departamento de Justiça, na Agência Federal de Investigação (FBI) e na Organização dos Estados Americanos (OEA).
No grupo que acompanha o procurador-geral da República aos EUA está o secretário de cooperação internacional, Vladimir Aras, que faz parte do grupo montado por Janot para atuar nas investigações contra políticos delatados na Operação Lava Jato. Dois integrantes da Força Tarefa que conduzem as investigações no Paraná também acompanharão Janot: Deltan Dallagnol e Carlos Fernando Lima.
Há a previsão de os procuradores da República do Paraná participarem de uma reunião técnica com a Securities and Exchange Commission.
G1