O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) definiu para o dia 14 de agosto a realização de novas eleições no município de Marcação. O pleito anteriormente estava marcado para o dia 3 de abril, mas foi suspenso por decisão do ministro Marco Aurélio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão do ministro, no entanto, foi derrubada pelo plenário do TSE.
Na sessão de ontem, o TRE-PB decidiu prosseguir com o calendário eleitoral, aproveitando todos os atos praticados antes da eleição ser suspensa pelo ministro Marco Aurélio, dentre eles o registro de candidatos. Apenas uma chapa foi registrada na disputa em Marcação, encabeçada pelo candidato Adriano de Oliveira Barreto.
A eleição vem sendo contestada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de mandado de segurança no TSE. O partido alega que a vacância dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Marcação ocorreu na segunda metade do mandato, devendo por isso haver eleição indireta pela Câmara de Vereadores.
O TRE já havia se preparado para fazer a eleição suplementar, que estava programada para o dia 3 de abril. Um aparato de 223 pessoas, entre técnicos de tecnologia da informação, juiz da Junta Eleitoral, passando por mesários, escrutinadores, policiais e pessoal do Cartório Eleitoral, foi mobilizado pelo TRE-PB, até que veio a ordem de suspender a eleição. No final de agosto de 2010, o Tribunal cassou o mandato do prefeito de Marcação, Paulo Sérgio da Silva Araújo e do vice Valdir Fernandes da Silva. Por 4 votos a 1, os membros da Corte acataram as acusações de suposto abuso de poder político e de autoridade e distribuição de material de construção em troca de votos.