A oposição deu início ao processo de coleta de assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobrás. PSDB e PPS já conseguiram 64 assinaturas e pretendem formalizar o requerimento ainda nesta semana.
Na proposta elaborada pelo PSDB, a qual o Broadcast Político teve acesso, a nova CPMI terá como foco a investigação das irregularidades ocorridas na estatal entre 2005 e 2015 e relacionadas à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No texto, os tucanos incluíram como alvo da apuração os indícios de irregularidades na constituição e operação da Transportadora Gasene S/A e de superfaturamento na construção do trecho 3.
Outro ponto sugerido pelo PSDB é a suposta irregularidade na operação da companhia Sete Brasil e as denúncias envolvendo a venda de ativos da Petrobrás na África.
Para ser instalada, uma comissão mista precisa da assinatura de pelo menos 171 deputados e o apoio de, no mínimo, 27 senadores. Com a derrota do Palácio do Planalto na eleição da presidência da Câmara, a oposição quer aproveitar o momento desfavorável que o governo enfrenta no Congresso para emplacar não só a CPI da Petrobrás, como as do BNDES, do setor elétrico e dos fundos de pensão.
As bancadas aproveitaram a posse no domingo, quando a Câmara conseguiu reunir seus 513 parlamentares, para recolher as assinaturas. DEM e PSB também coletarão assinaturas. “Vou assinar todas as CPIs e vou querer participar de todas”, disse o candidato derrotado à presidência da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG).
No primeiro dia de trabalho, as bancadas do PSDB e PPS reuniram seus parlamentares para traçar a estratégia de atuação neste ano. O PPS ofereceu uma palestra para seus deputados sobre o cenário econômico. Já os tucanos discutiram os temas que pautarão o Congresso nos próximos dias, entre eles as mudanças nos benefícios trabalhistas e previdenciários.
Estadão