Novo presidente afirma que Tião Gomes não sofrerá punição e diz que Ricardo Marcelo deveria ser punido

O deputado garantiu que a Assembleia não será subserviente ao poder executivo

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O presidente eleito da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino, concedeu entrevista na tarde de hoje e defendeu o deputado Tião Gomes após danificar equipamento da votação eletrônica. Galdino disse que ato de Tião foi reação às irregularidades cometidas pelo ex-presidente, Ricardo Marcelo.

Galdino revelou que o sistema eletrônico foi modificado no sábado sem conhecimento dos funcionários da Casa: “Não terá nenhuma complicação. Ele tomou aquela reação após acontecer várias coisas promovidas pelo outro candidato. Então, Tião fez justiça. Ninguém sabe, mas no sábado uma equipe de fora foi a Assembleia e modificou o sistema. Não foram nem os funcionários da Assembleia”, destacou.

O questionamento dos deputados, de acordo com Adriano, foi porque não houve teste no sistema: “Em qualquer eleição, quando o sistema é modificado, a Justiça chama os dois lados para conferir o sistema. Então, é justo um presidente que é candidato modificar o sistema sem que ninguém possa conferir o programa? Essas pessoas que vieram merecem confiança?”.

O novo presidente considerou atitudes de Ricardo Marcelo mais truculenta e digna de punição: “Outra atitude irregular do ex-presidente foi impor que ele presidisse a sessão. Era candidato, quis presidir a sessão, mas ele nem era mais presidente. O mandato dele terminou no dia 31. Vários deputados questionaram e ele de forma truculenta ficou na presidência. As atitudes de Ricardo Marcelo foram mais fortes e inconsequentes do que a de Tião. Se fosse pra punir, era Ricardo quem merecia sofre qualquer consequência porque foi mais truculento”, frisou.

Adriano afirmou que mesmo sem atingir os 21 votos esperados, não irá buscar quem são os traidores: “Não quero saber quem foi o traidor, porque ganhei com 19 votos e isso é o que importa. Não penso nos dois que não votaram, assim como não penso nos 17 que também não votaram. Agora eu sou o presidente dos 36 deputados”.

O deputado garantiu que a Assembleia não será subserviente ao poder executivo, embora tenha admitido que o governador Ricardo Coutinho foi um apoio importante para a vitória: “Ele foi o eleitor mais forte, mas também tive votos de deputados que não estão na base e isso é de nosso carisma, nossa articulação e habilidade. Uma figura tem que estar um pouco separada da outra. Sou aliado político do governador Ricardo Coutinho, toda a Paraíba sabe disso. Mas sou o representante de um poder e vou garantir a autonomia desse poder”, concluiu.

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