PT e PSB juntos e vitoriosos, em 2016, geram uma possível saída do Cartaxo para se candidatar a governador em 2018 - Por Laerte Cerqueira

PT e PSB juntos e vitoriosos, em 2016, geram uma possível saída do petista para se candidatar a governador em 2018 e devolveria, de mão beijada, a prefeitura para o vice do PSB. A aliança de 2016, porém, pode provocar choques de interesses em 2018, quando Coutinho vai, provavelmente, querer emplacar um seu, um socialista.

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Liberdade – Por Laerte Cerqueira

( Do Jornal da Paraíba ) – O que o PSB, o governador Ricardo Coutinho e boa parte dos seus discípulos querem é liberdade. Liberdade para tomar qualquer decisão, fazer o que querem, na hora que eles bem entenderem. Estão certos? Talvez. Conseguiram o que desejavam na eleição e, agora, não precisam de muito moído. Essas tramas estão na natureza da política e não dá para negar que Coutinho sempre saiu vitorioso quando esteve em campo. Tudo bem que ele conta com a inabilidade dos adversários e até com a sorte, mas é excelente nisso.
Apesar de alguns entenderem que a aliança com o PT precisa de algo mais forte e não só de palavras, já deu para perceber que predomina no PSB o voto da ala dos que querem esperar a consolidação do cenário político de 2016, para efetivar o enlace com os petistas. Ou, o mais provável, até que um novo elemento apareça, optar pelo rompimento. E não venham com esse discurso de que está tudo bem, porque está mais para casamento de fachada, de casal sem tesão, do que para uma relação propensa a gerar frutos. A união, por enquanto, é só de aparência. Ela não existe no campo administrativo e no campo político é minguada.
A partir de agora, os socialistas iniciam as avaliações para definir qual plano vão colocar em prática e em que momento isso vai acontecer. O mais modesto é o de indicar o vice de Cartaxo, ano que vem, na reeleição. Fala-se em Waldson de Sousa, secretário estadual de Articulação com Municípios. Acho cedo, mas vale o registro. PT e PSB juntos e vitoriosos, em 2016, geram uma possível saída do petista para se candidatar a governador em 2018 e devolveria, de mão beijada, a prefeitura para o vice do PSB. A aliança de 2016, porém, pode provocar choques de interesses em 2018, quando Coutinho vai, provavelmente, querer emplacar um seu, um socialista.
A outra opção especulada, mais arrojada e afinada com a guerra de RC para ser sempre o protagonista da história, é colocar no jogo um nome próprio. O mais cotado, como já registramos, é João Azevedo, atual secretário estadual de Infraestrutura, que tem se posicionado sempre na proa das atividades do governo. Nesse caso, o PMDB seria fiel escudeiro em todas as empreitadas. Aliado de Ricardo, o partido sempre será um excelente coadjuvante e RC aprendeu que basta encontrar um lugarzinho para as indicações peemedebistas, que ele se entrega. Apesar de ser uma grande legenda, o PMDB só tem um nome com capital eleitoral para um cargo do Executivo: Veneziano Vital.
Ao resolver, oficialmente, que não quer participar com cargos na prefeitura, o PSB recusa ter uma relação administrativa com o PT e deixa, claro, que se os seus objetivos forem de encontro aos dos petistas, não há motivos para celeumas ou dramas. Agora, lideranças petistas precisam de muito mais atenção para perceber, se for o caso, o momento em que esse casamento de fachada se tornará um fardo. Afinal, se Ricardo resolver romper, já tem um grande partido, o PMDB, e outros nanicos. Cartaxo, sem o PSB,terá alguns aliados, mas, principalmente, resultados da gestão, que ainda estão em formação.
Soluções
Independentemente dos cargos, o vereador de JP, Renato Martins (PSB), afirmou que espera ações concretas da aliança entre PT e PSB. “Quero é que os problemas das macas sejam resolvidos”.

União
Renato tem dito nas entrevistas que espera ainda que a gestão pactuada na saúde seja respeitada, bem como a execução conjunta de projetos de mobilidade.

Equívoco
O deputado eleito Ricardo Barbosa (PSB) afirmou que o diretório municipal do seu partido cometeu um equívoco ao não querer participar do governo de LC.

Aprovou
Para Barbosa, JP aprovou a união de Cartaxo e RC e essa coligação deveria se estender até a eleição de 2016. O registro foi feito durante entrevista à Rádio Sanhauá.
Focando na gestão

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, evita falar no debate antecipado de 2016 e não quer saber de potencializar uma possível distensão com RC. Aos mais próximos, já disse que vai focar na gestão para não depender de “apelos” numa possível reeleição. Acredita que, com um trabalho reconhecido e consolidado, vai atrair aliados e não dependerá, exclusivamente, de uma boa aliança.
Sinais
O grupo de Adriano Galdino, candidato à presidência da ALPB, dá como certa a vitória no domingo. Parece que todos os pedidos dos parlamentares foram atendidos. Sinais teriam aparecido no Diário Oficial.

Fora do campo
Entre jornalistas e políticos circula a tese de que se o deputado Ricardo Marcelo (PEN), presidente da AL, não tiver garantias de que pode ganhar e reverter a situação, ele não coloca o time em campo.

Paraibanos
O presidente da Companhia Docas, Lucélio Cartaxo, foi à Embratur e se reuniu comum dos diretores, o paraibano Gilson Lira. Querem viabilizar a implantação de um terminal de passageiros no Porto. Em curto prazo, colocar Cabedelo na rota dos cruzeiros.
24 horas
Lucélio traz outra novidade. O compromisso do governo federal de implantar o projeto de balizamento e sinalização noturna do Porto. Vai permitir o funcionamento 24 horas.