247 – Se há duas semanas o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tinha “50 corpos de vantagem” sobre Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara, que acontece daqui oito dias, agora os dois candidatos já estariam “cabeça a cabeça”, de acordo com um “bem situado observador do governo”, noticia a colunista do 247 Tereza Cruvinel nesta quinta-feira 22. O candidato do PSB, Julio Delgado, continua correndo por fora.
Em seu blog, ela aponta as responsabilidades do cargo e por que o governo se esforça para ter um aliado no Congresso. Leia um trecho:
Para o governo, as consequências têm a ver com o controle da agenda de votações, a instalação de CPIs, a tramitação de MPs e de Emendas Constitucionais. O presidente da Câmara influi decisivamente na condução destas questões e se quiser, pode encalacrar qualquer governo. E certamente argumentam também que, com um presidente aliado do Planalto, terão mais facilidade para encaminhar e defender seus pleitos (que podem ser nomeações, liberações de emendas e assemelhados) junto ao governo.
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A jornalista vê sendo utilizado, na campanha, “todo tipo de argumento e pressão”, como a acusação de que o governo vem oferecendo cargos em troca de votos a Chinaglia, o que os petistas negam, e a divulgação de um áudio por Cunha, que o deputado diz ser montagem da Polícia Federal contra ele. “Se a disputa estiver mesmo ‘cabeça a cabeça’, como dizem os aliados de Arlindo, teremos nos próximos dias vento forte e muita poeira no ar, dentro da base governista, enquanto do lado de fora a oposição aumenta o fogo explorando o pacote de medidas fiscais restritivas e os problemas energéticos”, constata Tereza.
