CONGRESSO EM FOCO: Após RS, governador da Paraíba rejeita aumento salarial

Como forma de cortar gastos, Ricardo Coutinho anunciou que vetará o reajuste para ele, para a vice-governadora e secretários de Estado como medida de austeridade. José Ivo Sartori voltou atrás após repercussão negativa

Aumento do governador, vice e secretários da Paraíba foi aprovado em dezembro

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), decidiu vetar o reajuste salarial para o primeiro escalão paraibano, aprovado em dezembro pela Assembleia Legislativa local. A medida vale para ele, para a vice-governadora Lígia Feliciano e para os secretários de Estado. O aumento para deputados estaduais, no entanto, será promulgado amanhã (20).Projeto aprovado pela Assembleia Legislativa da Paraíba reajustava os salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos quatro anos, que ficou em 26,33%. O salário de Coutinho passaria dos atuais R$ 23,5 mil para R$ 29, 6 mil, enquanto o da vice-governadora de R$ 18, 8 mil para R$ 23,7 mil.

“Tudo isso faz parte de um conjunto de medidas que estamos tomando e ainda vamos tomar para garantir ao máximo atingir as metas de fazer mais com menos”, disse o governador paraibano. Ele foi reeleito em outubro no segundo turno ao vencer o senador e ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Outras medidas de austeridade estão em andamento, como o corte de cargos e diárias de servidores.

Rio Grande do Sul

A posição de Coutinho ocorre no mesmo dia em que o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), voltou atrás em aceitar o reajuste. Na semana passada, o peemedebista, apesar da crise financeira que o estado atravessa, disse que sancionaria os novos subsídios para o primeiro escalão do Palácio Piratini.

“Quero deixar bem claro que não tenho nunca receio de rever posições. Sou uma pessoa como qualquer outra e acho que quem mais erra é quem às vezes não tem humildade de eventualmente voltar atrás”, afirmou hoje o governador gaúcho a jornalistas. Técnicos do governo estimam que a dívida deixada pela administração Tarso Genro chegue a R$ 5 bilhões.