Ex-diretor da Petrobras é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro

Ele é acusado de participar em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capita

CEVERO
A Polícia Federal prendeu o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, por volta da 0h30 desta quarta-feira (14/1). Cerveró foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Ele é acusado de envolvimento nos crimes investigados na Operação Lava-Jato. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi cumprido um mandado de prisão preventiva, já que “há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça”. As informações são do G1.

Cerveró deve passou a madrugada em uma sala no aeroporto e a previsão é de que ele seja levado para a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) no início da manhã.A defesa do ex-diretor deve entrar com pedido de habeas corpus assim que tiver acesso à decisão.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes, “em função de seu envolvimento em novos fatos ilícitos relacionados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que foram denunciados recentemente”, afirma o texto. O MPF assegura ainda ter obtido informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) de que logo após o recebimento da denúncia e durante o recesso do Judiciário, o ex-diretor tentou transferir para sua filha R$ 500 mil – mesmo considerando que com tal operação haveria uma perda de mais de 20% da aplicação financeira.

Entenda
Nestor Cerveró é acusado de participar em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012. A denúncia foi aceita pelo juiz federal Sérgio Moro em 17 de dezembro. Moro é responsável pelas investigações da Lava-Jato na primeira instância. Esta é a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) na sétima fase da operação. Além de Cerveró, passaram a ser réus no processo: Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal. Além deles, a Justiça também aceitou a denúncia contra o doleiro Alberto Youssef, que já virou réu em outras ações.