O prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira (PRP), fez hoje à tarde uma exposição do que chamou de “sucessão de irregularidades” que teriam sido praticadas pelo ex-prefeito Severino Alves (Netinho de Várzea Nova – PR). As informações foram dadas em reunião realizada no Auditório da Secretaria de Educação do município.
Reginaldo Pereira estava ao lado de secretários, auxiliares, vereadores, além de alguns jornalistas e chegou a dizer que a prefeitura atingira o “caos” depois dos nove meses da gestão do vice-prefeito.
Uma das graves falhas atribuídas por Reginaldo a Netinho foi a desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, em novembro do ano passado, o orçamento na gestão do prefeito interino comprometeu 60,32% com o gasto de pessoal quando o limite é de 54%. O próprio Reginaldo citou que no primeiro quadrimestre de 2013, em sua gestão, o gasto de pessoal estava em 44%.
Reginaldo acrescentou outra acusação ao atual vice-prefeito. Segundo ele, documentos de fornecedores e da secretaria de finanças teriam “desaparecido misteriosamente”, sinalizando uma espécie de “queima de arquivo” e deixando um prejuízo de natureza financeira e administrativa.
Finalmente, o prefeito de Santa Rita declarou que a quantidade de irregularidades na administração de Netinho seria grande a ponto de ser necessária uma auditoria minuciosa para chegar a uma conclusão do real comprometimento nos cofres públicos da Prefeitura de Santa Rita.
“Foi uma uma gestão desastrosa, que deixou atrasados os pagamentos de servidores públicos, comissionados, prestadores de serviço, do atendimento de urgência do Hospital Flávio Ribeiro, do uso do solo do aterro sanitário, afora o desfalque no IPREV, entre outros débitos. Com tantas dívidas, a prefeitura de Santa Rita voltou novamente a ficar em débito com o CAUC- Cadastro Único de Convênios, uma espécie de Serasa de Brasília, impedindo que a cidade receba investimentos federais”, disse Reginaldo Pereira em sua explanação. Ele acrescentou ter encontrado outra “herança maldita”, quando sucedeu à administração de oito anos do ex-prefeito Marcus Odilon. “Desta vez, o rombo financeiro na prefeitura de Santa Rita surgiu em tempo recorde: em apenas nove meses”, queixou-se.
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