A reportagem do PolêmicaPB visitou no último final de semana a construção da barragem de Jandaia, uma obra com cerca de 30 metros de altura (equivale um prédio de 10 andares) e 600 metros de comprimento de parede construída em terra. No final do ano de 2002 ainda na gestão do então governador José Targino Maranhão (PMDB), haviam sido concluídos 61% dos serviços, mas com a mudança de gestão em 2003, quando Cássio Cunha Lima assumiu o comando do Governo, as obras foram paralisadas. No ano seguinte, com o agravamento das chuvas na região e a ameaça de rompimento do reservatório foi feito um serviço de emergência.
Jandaia teve a sua construção interrompida durante um ano. Em 2004, o inverno na região do Brejo foi muito grande e ela transbordou três vezes: dias 22 e 26 de janeiro e 5 de fevereiro. Por um milagre, o maciço de quase 30 metros de altura não desmoronou o que causaria uma tragédia para as populações tanto da Paraíba quanto do vizinho Rio Grande do Norte, na cidade de Nova Cruz.
A obra de emergência realizada em 2004 pelo Governo do Estado consistiu em abrir um sangradouro, na própria parede da barragem. Com essa medida, ocorreu uma retirada de material compactado (terra), ou seja, um pedaço da barragem foi removido para dar vazão as águas, transformando assim parte do corpo da barragem num sangradouro que deveria ter sido feito ao longo de 2003.
Para fazer revitalizar a barragem a Semarh licitou, contratou e elaborou um projeto de reconstrução que demandou muitos levantamentos em campo e tempo de trabalho de engenharia. Com a conclusão da obra serão beneficiadas as cidades de Bananeiras, Solânea, Borborema, Serraria, Arara, Casserengue, Damião, Cacimba de Dentro, Araruna, Riachão, Campo de Santana e Dona Inês, totalizando uma população de 123 mil habitantes. As águas serão destinadas ao abastecimento humano, piscicultura e irrigação. O término das obras está previsto para meados de dezembro.