O deputado estadual Tião Gomes (PSL) criticou política feita pelo senador Cássio Cunha Lima durante entrevista na tarde de hoje. Tião disse que a política praticada pelo senador paraibano é velha e não foi assimilada pela população.
Para o deputado, o resultado das urnas nas eleições deste ano comprova que os políticos de maneira geral precisam mudar: “O povo mandou um aviso para nós políticos nessa eleição e o político que não se enquadrar vai se dá mal”, disse em entrevista ao programa “Debate sem Censura”, na rádio Sanhauá.
Tião afirmou que será difícil para o PSDB retomar o poder no Estado após aliança formalizada entre PT, PSB e PMDB: “Cássio não pense que vai ganhar campanha sem trabalhar não. Ele vai ter que ralar muito para ganhar de qualquer nome que venha dessa aliança entre Ricardo, Luciano e Veneziano”, ponderou o deputado.
Críticas ao estilo e ao modelo de política adotado por Cássio Cunha Lima foram apontadas por Tião Gomes. Após o resultado desta eleição, Tião disse que será difícil para Cássio até se eleger em Campina Grande caso concorra a prefeitura se disputar com Venezino Vital: “Cássio vai ter que mudar muito para poder concorrer a um cargo majoritário. A política que Cássio fazia está no passado e o povo não assimilou a política do passado”, disse.
Ao contrário do que se especula no meio político, Tião garantiu que a aliança entre PT, PSB e PMDB deve perdurar até as eleições municipais: “Se engana quem pensa que a aliança PT e PSB vai naufragar, porque os dois são fortes, são jovens, tanto em João Pessoa como em Campina Grande com Veneziano essa aliança vai prosperar”, frisou.
Sucessão da Mesa Diretora
Tião reafirmou força da aliança formada entre deputados em apoio a Adriano Galdino para ocupar a presidência da Assembleia. A reunião de nomes, de acordo com Tião, aconteceu de forma espontânea.
Para Gomes, não haverá surpresas ou desistência de algum deputado quanto ao apoio a chapa governista: “Não vai haver surpresa porque quem veio nos apoiar veio desarmado por livre e espontânea vontade. Diferente da outra eleição porque os deputados achavam que Ricardo ganhou pelas mãos de Cássio e todos os deputados esperavam o comando de Cássio. Agora não. Temos um governo eleito pelo trabalho e agora o comando está claro”, enfatizou.
As críticas de Tião abrangeram, também, o atual presidente da Casa Epitácio Pessoa, Ricardo Marcelo. Tião disse que na Assembleia só era feita a vontade do presidente: “Nós temos uma Assembleia de 36 deputados que faziam oposição ao Governo do Estado e vocês que acompanhavam sabem, só se aprovava o que queria o presidente Ricardo Marcelo”, criticou.
Tião desabafou sobre perseguição durante os quatro primeiros anos da gestão de Ricardo Coutinho: “Nós que fazíamos parte do governo éramos massacrados, derrubados, mas o povo deu vitória ao governo que era massacrado na Assembleia e nós temos que fazer uma reflexão sobre isso”.
O deputado alertou para necessidade de mudança e de harmonia na relação entre Poderes: “O governo precisa da Assembleia sim, mas de uma Assembleia desarmada que queria fiscalizar e colaborar com a gestão e fizemos uma reunião democrática que definiu nomes para os dois biênios, o que é legal na composição que não abriga a reeleição”, concluiu.
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