O comandante da Polícia Militar da Paraíba, Coronel Euller Chaves, disse hoje que as mudanças nos comandos de batalhões é normal para melhorar o trabalho de segurança pública no estado. “O foco predominante é a melhoria de resultados, é a motivação dos policiais e a segurança do cidadão”, esclareceu.
Em entrevista a Rádio Arapuan, na tarde desta quarta-feira, 26, o comandante informou que “a renovação nos comandos” publicada no Diário Oficial de ontem foi debatida com o secretário Cláudio Lima e, posteriormente, conversada com o governador Ricardo Coutinho (PSB).
Ele disse que a Polícia faz o trabalho de deter criminosos e infratores e afirmou que “a legislação brasileira é frágil e complexa, nós prendemos hoje e amanhã eles estarão soltos, os legisladores têm que mudar as leis, ou a população brasileira abre os olhos e age ou nós estaremos sujeitos ao crime o tempo todo, como acontece hoje em todo o Brasil”.
O Coronel Euller disse ainda que a integração das polícias na Paraíba “tem sido permanentemente o foco da segurança pública desde 2011 e mostra resultados porque nós temos buscado aprimoramento desse trabalho”.
Ele classificou que está no caminho certo porque “vários fatores influenciam na violência e muitas coisas estão envolvidas no contexto, as pessoas tem a violência em seu interior e isso se revela no anonimato ou na publicidade e as polícias são herdeiras desse problema complexo”.
Indagado sobre a herança que a primeira gestão de Ricardo Coutinho deixa para os paraibanos, o comandante disse que “ao longo do tempo, dos 31 anos que eu tenho de Polícia Militar, nunca tivemos o efetivo policial completo na Paraíba”.
Ele admitiu que sempre houve apenas metade do efetivo trabalhando e complementou dizendo que mais efetivo nem sempre significa melhorias no combate à criminalidade, ele usou como o exemplo o que aconteceu no Rio de Janeiro, “que aumentou o efetivo e não houve melhoria no combate”.
“A sistemática no combate à violência humana é mais importante que o aumento do efetivo policial, mais efetivo, se não for bem aplicado, pode ser menos porque pode mexer com o fator motivacional e pode representar menos salário e menos qualidade de recurso humano e tecnológico”, finalizou.
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