O Ministério Público Federal do Ceará começou a ouvir estudantes que denunciaram o suposto vazamento da prova de redação do Enem 2014. De acordo com a denúncia, uma foto da prova teria sido divulgada por um estudante de Campina Grande, através de uma rede social, por volta das 10h50 do domingo, quase três horas antes do início da prova. A Polícia Federal do Piauí, para onde a foto também teria sido enviada, abriu um inquérito para apurar a responsabilidade criminal da denúncia. O nome do campinense que seria responsável pelo vazamento está sendo mantido sob sigilo pela PF, que também não informou quais serão os passos da investigação.
De acordo com a denúncia feita na semana passada, o campinense teria enviado para estudantes do Piauí e do Ceará, uma foto da prova de redação, revelando qual seria o tema estipulado para a avaliação. O superintendente da PF do Piauí, Antônio Tarcísio, não quis falar sobre o procedimento que será adotado com relação ao estudante paraibano, para não comprometer o andamento da investigação. Já a assessoria de imprensa do MPF cearense confirmou a realização do primeiro depoimento. A aluna de um cursinho de Fortaleza foi ouvida na manhã de ontem e disse ter recebido o tema da redação, “Publicidade Infantil no Brasil”, repassado por um colega. O depoimento foi prestado à procuradora da República, Nilce Cunha.
A assessoria de imprensa da PF na Paraíba disse que, se a investigação da polícia piauiense comprovar que a mensagem com a foto partiu de Campina, o inquérito será remetido para que um delegado local dê continuidade.
Operação Apollo II
A Polícia Federal poderá fazer uma nova edição da operação Apollo, para prender os alunos que se beneficiaram com o esquema de compra de gabaritos do Enem e de outros vestibulares. Segundo a assessoria de imprensa do DPF de Brasília, pelo menos 40 estudantes já foram identificados, embora não tenha sido divulgado os estados onde eles moram. Os outros envolvidos no esquema, presos na semana passada, incluindo os três paraibanos, continuam na carceragem do DPF do Ceará. Como foram detidos em função de um mandado de prisão temporária, devem permanecer até amanhã, podendo o prazo ser prorrogado, de acordo com decisão do delegado responsável pelo inquérito.
Correio da Paraíba