Alguém certamente dirá, para defender seu culpado preferido, ou para esconder a fragilidade de seu mito inventado, que qualquer político venderá até a alma ao diabo para ganhar uma eleição de prefeito, governador ou presidente da república. Essa é a forma mais deprimente de um cidadão admitir que vale tudo para que seu candidato não perca a eleição, nem ele eleitor o voto. É um verdadeiro escárnio, só aceitável numa democracia volúvel e prostituta como a brasileira que permite que governantes loteiem o governo para não perder o cargo de governante.
Na Paraiba, neste instante, estão aparecendo as provas de que a reeleição de RC deveu-se a um consórcio celebrado com os grupos mais tradicionais da política, encravados nas macro-regiões de maior e decisivo peso eleitoral, objetivando fatiar o governo a fim de que o rei preserve a caroa mas partilhe o trono.
Cada sócio da grande família e da nobreza republicana, já denominada de COLETIVO OLIGARQUICO deverá receber parte da herança do soberano vivo, até que ele tenha o primeiro surto de esquisitice e devore ao menos a metade, pois odeia essa cobrança pública de cargos e de transferência de votos negociados. O PT alardeia aos quatro ventos, para que não se alegue ignorância ou esquecimento depois, que chegou na campanha quando RC estava ” abandonado e fragilidade”, coisa de 60 dias antes das eleicoes.
Mas está aberta a temporada das listas dos cargos comprometidos no pleito, que já gerou a primeira crise entre os pactuantes, até que RC recue em seus compromissos ou decrete sigilo vaticano absoluto ao Diário Oficial.
Gilvan Freire