Marcos Maivado Marinho – ( Apalavraonline) – O vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB), que teria embarcado ontem para um período de descanso nos Estados Unidos, certamente exausto com o trabalho na campanha eleitoral e aborrecido com a derrota do mano Cássio, desmentiu que tivesse em algum momento pensado em renunciar ao mandato, conforme especulado pelo jornalista Arimatéia Souza em sua influente coluna “aparte”, no Jornal da Paraíba.
“Nunca falei em renunciar. Nem teria motivos para isso. Ao contrário! Estou mais motivado que nunca para enfrentar os embustes, defender os interesses maiores da nossa cidade e dar a minha contribuição ao estimado e honrado prefeito Romero naquilo que ele achar conveniente à sua profícua, mas ainda pouco conhecida gestão”, explicou Ronaldinho em raivosa carta ao colunista.
Relata o vice que soube das notinhas publicadas na coluna com referências ao seu nome, razão pela qual “mais uma vez sou obrigado a fazer reparos às informações por você prestadas, de modo que a verdade prevaleça”.
Em autêntico “puxão de orelhas” e botando dúvidas no comportamento ético-profissional do jornalista, reconhecido no meio como um histórico e notório porta-voz do grupo Cunha Lima, Ronaldo Filho revela ter conhecimento “das motivações” do mesmo e afirma que isso torna “ainda mais difícil a prestação (pelo jornalista) da informação precisa e sem distorções”. E adverte Arimatéia de que este deveria ter lhe telefonado antes “para verificar a veracidade das notícias que lhe chegam, o que à sua ótica ensejaria a que ele não tivesse “que lhe corrigir”.
Seguem outros tópicos das correções do vice prefeito a Arimatéia Souza:
1 – Nunca usei o Conselho Municipal de Segurança pra fazer política. Nunca! (…)
2 – Tivesse você o cuidado de ouvir qualquer dos seus membros, saberia ser essa a verdade. A única verdade! (…)
3 – Ao contrário, sempre tive toda atenção para evitar a politização do órgão. Seus membros, e são muitos, podem comprovar o que digo”.
4 – Conseguimos, sim, significativos avanços como, por exemplo, a obrigatoriedade da identificação das motos de 50 cilindradas, que está em fase de implantação.
5 – Saí da presidência nesse instante exatamente por perceber o acirramento político que predomina nas relações com o Estado, entendendo que um representante da sociedade civil organizada terá, pelas circunstâncias do momento, melhores e insuspeitas condições de reivindicar e cobrar, tirando do órgão qualquer viés político.
Sempre foi esse o meu objetivo. Ademais, continuarei a ter assento no Conseg, representando com muita honra a PMCG.
6 – Política, e com “p” minúsculo, fez o governo do Estado ao afastar, às vésperas das eleições, o Cel. Souza Neto do comando do 2º Batalhão, dentre outras danosas medidas como a redução dos contingentes das polícias Civil e Militar. Não vi você escrever uma linha sequer sobre o fato.
7 – É difícil a conquista de mais avanços no âmbito do Conseg quando de um lado a criminalidade só faz aumentar e, do outro, o governo (a quem compete a promoção da segurança em todo o Estado) insiste em dizer que ela diminuiu. Não vejo também suas críticas ou cobranças à fracassada política de segurança publica instalada na Paraíba, notadamente aqui em Campina Grande. Ou, segundo sua ótica, as coisas melhoraram?
O colunista do JP prometeu em uma próxima coluna dar esclarecimentos a Ronaldinho em relação ao que este diz na carta.