A presidente reeleita prosseguiu: “A atitude do ganhador não pode ser de soberba, nem pretensão de ser o último grito em matéria de visão política”. Segundo ela, “saber perder é saber em que ponto você está e não significa que vamos construir um muro no Brasil”. Poucos dias depois de uma manifestação em São Paulo que pediu a volta do regime militar, Dilma declarou: “Nós saímos de um processo ditatorial e estamos numa eleição que, de fato, cada vez mais aprofunda a democracia no Brasil”.
Em seguida, ela lembrou o resultado das urnas do domingo 26, quando foi reeleita com uma diferença de quase 3,5 milhões de votos sobre o tucano Aécio Neves: “Os eleitores são os brasileiros e nós temos que dar conta do que eles querem”. Dilma voltou a defender a importância de se fazer uma reforma política e afirmou contar com o apoio do PSD para isso. “Nós falharíamos se não fizéssemos uma reforma política”, disse.
Sobre a aliança com o PSD, Dilma disse ser “muito significativo” que sua primeira reunião seja com a legenda e agradeceu àqueles que não votaram nela, mas agora a apoiam. “Minha primeira palavra é de reconhecimento e agradecimento”, afirmou. “O PSD é um integrante do meu governo, faz parte da minha base aliada, portanto é protagonista. Tenho muito clareza da importância que o PSD ocupa no cenário político brasileiro”, ressaltou.