O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, João Ramalho, disse que a categoria está indignada com a aprovação do auxílio moradia para os juízes de todo o Brasil. Ramalho garantiu que haverá mobilização na Paraíba e nos demais Estados para interromper pagamento.
O presidente do sindicato afirmou que o pagamento é feito com o dinheiro público e considerou “imoral” o auxílio: “Esse auxilio moradia é dinheiro público, d pago pelo contribuinte, e nós não concordamos. Vamos fazer esse ato publico nacional para acabar com essa imoralidade”, disse.
Ramalho disse que o cargo de juiz é semelhante aos demais servidores públicos e não haveria motivo para a benesse: “É uma decisão que pode ser revista com mobilização popular porque é um absurdo. O juiz é um servidor comum, ganhar o salário suficiente e não há cabimento para o pagamento do auxílio”.
Por outro lado, Ramalho afirmou que os demais servidores do judiciários são tratados a revelia: “Tribunal de Justiça está funcionamento e não colocou sequer uma parabenização para os servidores hoje. Não recebemos aumento, o servidor recebeu apenas o estipulado por lei, aquilo que é direito nos foi negado por um tempo, mas depois de ameaça de greve, tivemos apenas o que obrigou a lei”, criticou.
João Ramalho comparou a decisão com o impedimento que existe nos tribunais a respeito da assinatura da lei da reforma agrária: “O poder judiciário não consegue, há anos, aprovar a lei que determina a reforma agrária que pretende redistribuir terra improdutivas a pessoas que não tem onde morar e, com uma canetada só, concede esse benefício aos juízes”.
O presidente disse que o pagamento reflete em prejuízos ao próprio judiciário: “Um milhão e quinhentos por mês são quase 18 milhões ano, e esse prejuízo atinge na melhoria dos equipamentos, na realização de concurso para ocupar novas vagas, então, olha o prejuízo que essa medida atinge”, apontou.