Desde o início do segundo turno, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), 53, pede votos para a presidente Dilma Rousseff (PT).
Não conseguiu, contudo, fazer a diferença em casa.
Primeira-dama da Paraíba, a jornalista e apresentadora de TV Pâmela Bório, 30, afirmou à Folha nesta quinta-feira (23) que não votará em Dilma.
“Não apoio o PT porque quero uma alternativa de mudança. São 12 anos de governo petista e a situação do país não é das melhores. Os fatos mostram isso”, afirmou.
Nesta semana, Pâmela Bório publicou críticas à reeleição da presidente em redes sociais, motivando burburinho imediato no Estado.
“Não sou vaca para precisar de aboio. Sou conduzida apenas pela consciência, conhecimento e percepção pessoal. O voto é meu, não é de marido, de mãe, de irmão, de amigo”, escreveu, em resposta a uma seguidora.
A primeira-dama disse que votou em Marina Silva (PSB) no primeiro turno e que mantém “afinidade de pensamento” com a pessebista.
Como o PSB nacional, Marina apoia Aécio Neves (PSDB) no segundo turno –Coutinho preferiu contrariar a orientação da sigla ao optar por Dilma.
Questionada sobre a manifestação nas redes, Pâmela negou que tenha declarado apoio a Aécio.
“Não estou apoiando Aécio. Tanto é que ele esteve aqui na Paraíba no segundo turno e não estava no palanque dele”, afirmou.
Coutinho anunciou apoio à Dilma há duas semanas, quando participou de ato ao lado da presidente no Estado.
POLÊMICA
Natural de Senhor do Bonfim, noroeste da Bahia, Pâmela foi miss Bahia e apresenta um programa semanal de variedades na TV Tambaú, afiliada do SBT, do qual está temporariamente afastada.
Casou-se com Coutinho em 2010, logo após a eleição deste para o governo paraibano. Com ele, teve o filho Henri, 4.
Dois anos depois, envolveu-se numa polêmica após o Tribunal de Contas do Estado questionar gastos da residência oficial do governador com itens como móveis e acessórios para bebês.
Com milhares de seguidores em redes sociais (14 mil no Twitter, por exemplo), Pâmela já usou essas plataformas para bater boca com políticos, criticar o ex-presidente Lula e até mostrar fotos de lingeries compradas para “agradar o maridão”.
Acabou no meio de outra polêmica na campanha deste ano após o vazamento, na internet, de um vídeo em que aparece discutindo com o marido.
Na época, o PSB acusou a campanha do adversário Cássio Cunha Lima (PSDB) pelo vazamento do vídeo. A campanha do tucano negou envolvimento no episódio.
Folha de São Paulo