A pressa e a falta de argumentos convincentes foram a causa dos desgastes sofridos por José Maranhão na adesão ao governo e seu candidato. Nas redes sociais os eleitores passaram do protesto a revolta, inclusive com destruição de retratos e outdoors do Senador eleito. Ricardistas mais radicais já admitem que a aquisição deu prejuízos.
Até segunda-feira 06, Maranhão era festejado como um político diferente dos demais, tendo sido eleito diretamente pelo eleitor independente, sem intermediação de outros agentes e candidatos. Após o apoio a RC, os próprios eleitores de Zé passaram a colocá-lo na galeria dos comuns. Se não deu lucro a RC, pior foi ter estragado o que acabara de ganhar.
Maranhão não pareceu entender que a maior parte dos votos que teve é originário dos segmentos cassistas, já que os votos do setor ricardista foram todos para Lucélio, e Santiago comprou uma banda do PMDB náufrago. Só quando viu as hostilidades dos eleitores, diante da adesão a RC, foi que José se deu conta. Era tarde: Inês estava morta e Zé avariado. Sem remédio por perto.