Benjamim estranha aliança do PMDB com PT e PSB e diz que “o PT sempre tratou mal José Maranhão”

O deputado disse, ainda, que a única vantagem que Vital do Rêgo oferece ao PT é "o engavetamento de CPIs"

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O deputado federal reeleito e presidente do Solidariedade na Paraíba, Benjamim Maranhão, participou de entrevista na rádio Sanhauá, na tarde de hoje, e teceu duras críticas as alianças formalizada para o segundo turno na Paraíba. Benjamim estranhou a aliança do PMDB com o PT e PSB no Estado em virtude do acirramento entre os partidos.

Benjamim disse que durante o primeiro mandato como deputado federal viu os “maus tratos” que a presidente Dilma Rousseff e o PT destinavam a José Maranhão e o PMDB da Paraíba: “Como deputado federal eu vi o tratamento que Dilma deu a José Maranhão. Disseram que ele seria o diretor da Caixa Econômica, depois ele ficou esperando para assumir um ministério e no final não foi nada. Eu até estranhei esse apoio porque o PT sempre tratou mal José Maranhão”, disse.

O deputado criticou o posicionamento do senador Vital do Rêgo e acusou o senador de engavetar CPIs em troca de negociações políticas: “A única coisa que o PT deve a Vitalzinho é essa capacidade infinita de engavetar CPI. A CPI do Cachoeira foi engavetada, virou um relatório de uma página. E a CPI da Petrobrás está prestes a ser também. E por que será, em troca de apoio?”, questionou.

O partido de Benjamim, Solidariedade, se posicionou em favor da candidatura do PSDB, conforme disse o presidente: “Tomei um caminho político diferente do meu tio. Desde o começo do ano eu sinalizei apoio a Cássio por achar que essa é uma boa alternativa de oposição ao Governo do Estado. Então podemos dizer que a oposição venceu o primeiro turno contra a máquina do0 Governo Estadual e do Governo Federal. E eu continuo coerente a Cássio”.

Benjamim disse que em Araruna e nos redutos dele o apoio da família para o Senado foi de José Maranhão:  “O que aconteceu com o senador José Maranhão foi que minha mãe, prefeita de Araruna, garantiu apoio a candidatura de José Maranhão e os redutos foram divididos entre Manoel Júnior e Veneziano. E não tenho problema em dizer que votamos em Maranhão até pelo nosso nome. Porque qualquer apoio diferente as pessoas iriam acreditar que nos vendemos”.

O deputado atribuiu a derrota da irmã, Olenka Maranhão, ao “isolamento” do PMDB,: “Acho que se ela tivesse me acompanhado quando sai do PMDB para o Solidariedade, a candidatura dela teria sido mais fácil, porque o PMDB ficou isolado e isolaram Olenka. Mas uma derrota numa eleição não quer dizer o fim da vida pública”, pontuou.

Benjamim disse que não irá julgar os demais partidos, mas garantiu que os que trocaram de apoio do primeiro para o segundo turno terão de explicar a população: “Eu não vou julgar o partido dos outros. Eu quero dizer que no meu caso eu mantive uma posição de coerência. Estou contra esse Governo porque é uma gestão ineficiente, sem diálogo com as categorias, e por ultimo ainda tem uma série de corrupções como o Hospital de Trauma, propina, como opinião pública sabe. Agora quem está tomando outro caminho é quem deve explicar”, concluiu.

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