'Hora do Rush': Maranhão diz que atendeu pedido do PMDB, mas 'ninguém transfere 100% dos votos'

Senador eleito concedeu entrevista ao programa da Rádio Sanhauá na noite desta quinta-feira

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O presidente estadual do PMDB, José Maranhão, disse na noite desta quinta-feira, 09, que sua decisão acerca de apoio para o segundo turno das eleições na Paraíba aconteceu após reunião com a cúpula do PMDB nacional, onde houve o apelo para que o senador eleito ajudasse o Partido dos Trabalhadores na campanha a reeleição da presidente Dilma Rousseff no estado.

Em entrevista a Rádio Sanhauá, ele afirmou que teve um encontro, em Brasília, com o presidente nacional da legenda Michel Temer e figuras importantes do partido como Renan Calheiros, Eduardo Cunha e José Sarney.

“Desde o começo, o senador Vitalzinho foi ardoroso defensor da aliança com o governador Ricardo Coutinho, eu conversei com todos os membros antes de definir, eu tenho o dever de conhecer bem o meu partido e as tendências dentro, meu dever é ouvir, mas o PMDB ficou dividido entre duas candidaturas que polarizaram a campanha de tal forma que o eleitorado não acreditava em outra opção que não fosse o candidato Cássio ou o governador Ricardo”, explicou.

Ele disse ainda que “dentro desse quadro não seria uma decisão fácil para o PMDB, mas o partido não poderia ficar neutro” e reafirmou que haveria muitas críticas se o partido tivesse firmado aliança com o PSDB. “Pior que essas críticas era ficar em cima do muro; para que foi criada a eleição em segundo turno? Não foi para aumentar as divisões, mas para fortalecer as forças partidárias que ajudem na governabilidade”, disse.

Para o momento político, Maranhão disse que é necessário pensar nas convergências políticas, “no nosso caso, a convergência se deu pelo fato do governador estar apoiando a candidatura de Michel Temer, que é vice-presidente na chapa da presidente Dilma Rousseff”.

Indagado sobre a transferência de votos do PMDB para o candidato ao governo do PSB, Maranhão disse que “o povo da Paraíba é muito politizado e muito esclarecido, mas desta vez deu um banho e eu lhe digo que ninguém consegue transferir 100% dos votos para outra pessoa”.

Ele comentou as falas dos adversários que afirmavam serem jovens o tempo todo e disse que “em questões partidárias é preciso ter posições, ninguém conseguiria transferir votos para um candidato desconhecido, eles só repetiam que são jovens e não apresentavam propostas, o Senado é a casa dos mais velhos, dos mais experientes, eles acabaram perdendo votos de pessoas mais experientes, a discussão não era sobre pessoas mais jovens ou mais velhas, ficou difícil transferir votos para uma pessoa que não tinha vida política”, disparou referindo-se ao candidato do PT, Lucélio Cartaxo.

 

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