Aécio diversifica ofensiva anti-PT contra Marina

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A ofensiva da campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB) para associar Marina Silva (PSB) ao PT chegou às ruas. Antes restrita a propagandas no horário eleitoral, a ação chegou esta semana ao material impresso do candidato. Em São Paulo, panfletos estão sendo distribuídos em semáforos movimentados da cidade. O impresso, de quatro páginas, traz na capa em destaque o texto “Durante o escândalo do mensalão, Marina e Dilma continuaram no governo do PT”. O conteúdo é o mesmo usado na TV e no rádio pelo tucano contra a adversária do PSB.

O material chega às ruas no momento em que a campanha deposita todas as suas fichas na estratégia de rotular a ex-senadora como ex-petista para reverter a desvantagem de Aécio na disputa. A equipe do candidato creditou à ação sobre o passado político de Marina feita no rádio e na TV nos últimos dez dias o crescimento do tucano na pesquisa Ibope divulgada esta semana. Ele subiu de 15% para 19% e continua em terceiro lugar.

A exploração de sua militância no PT irritou Marina, que foi à Justiça esta semana para retirar do ar a propaganda de Aécio na TV. A candidata, entretanto, teve o pedido negado.

Aécio quer recuperar o voto dos eleitores anti-PT que migraram para Marina nas últimas semanas. A campanha tucana diz que muitos não sabem do passado dela no partido e acreditam que, ao tomarem conhecimento, podem retornar para Aécio.

Ontem o presidenciável também iniciou uma campanha publicitária em jornais de circulação nacional e regional. Cerca de 100 publicações receberam ontem anúncios de Aécio em todo o país. O foco nessa ação é combater o voto útil em Marina Silva. O anúncio usa dados da pequisa Ibope que mostrou uma diminuição da diferença entre ele e a presidente Dilma Rousseff num eventual segundo turno para convencer os eleitores a votarem no tucano no primeiro turno e não em Marina. A mesma pesquisa mostrou que Marina e Dilma estão em empate técnico no segundo turno.

Aécio também começa a aparecer em propagandas no horário eleitoral em alguns estados pedindo voto nos candidatos a deputado federal. Aliados do tucano dizem que a subida dele na pesquisa esta semana foi decisiva para que candidatos do PSDB abrissem espaço para ele no palanque eletrônico.

O Globo