O marqueteiro Carlos Roberto Oliveira analisou o cenário político paraibano, na tarde de hoje, e disse que a grande novidade da eleição deste ano são as alianças entre candidatos de partidos diversos, as quais classificou de “camaleonicas” numa comparação ao animal que muda a cor da pele conforme conveniência.
Oliveira disse que os políticos paraibanos estão desconsiderando a fidelidade partidária e anunciando apoio a partidos que tem ideologia “totalmente diferente” as ideais do próprio partido. O marqueteiro citou a aliança entre o PT e PSB na Paraíba, tendo em vista que na última eleição municipal os dois partidos eram os principais opositores na disputa e agora estão juntos. Ele falou ainda sobre a o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro: “Aguinaldo só falava em Dilma e no que Dilma fez pela Paraíba e pelo Brasil e, no entanto, se aliou a Cássio Cunha Lima que vota em Aécio Neves”, explicou.
Ao analisar os guias eleitorais, Carlos Roberto indicou que 54% do eleitorado confirma assistir aos guias e comparou a audiência com o Jornal Nacional: “Apenas 33% de pessoas assistem ao Jornal Nacional, então se comparamos com o guia, veremos que é um número a ser considerado”, disse, destacando a parcela da população que diz assistir para ver os candidatos irreverentes e curiosos.
O marqueteiro observou o uso da internet em campanhas eleitorais como maléfico em virtude das publicações anônimas: “Apesar da gente não viver mais sem internet, esse meio é complicado porque não exige assinatura. Então quando alguém quer fazer elogio, assina, quando não, publica anônimo e é difícil para a própria justiça identificar o autor da publicação”, frisou.
Para Oliveira, a internet auxilia a manter o debate político em níveis baixos e alertou para a necessidade de punir os crimes cometidos através da rede mundial de computadores. Ele disse que os candidatos prometem bons níveis de debate no começo da campanha, mas mudam de comportamento durante o período: “Quando o candidato se sente pressionado com a possibilidade de derrota o não é baixo, é baixíssimo”, pontuou.
O analista e marqueteiro disse, por fim, que as pesquisas eleitorais na Paraíba perderam a confiabilidade em virtude dos erros que foram cometidos no decorrer dos anos, mas destacou a necessidade na realização de pesquisas como parâmetro para os candidatos.
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