Por Dércio Alcântara
No que se refere a coordenação da campanha do governador Ricardo Coutinho, cujo marqueteiro tá com cara de ser ele próprio, o perfíl se encaixa naquele conceito do faz com as mãos, desmancha com o pés.
É como se tivesse um grupo querendo vencer e outro perder e a maioria mudasse de lado a cada reunião.
Ao trazer o debate para o campo pessoal no debate da Clube, vestiu a carapuça de que a estratégia foi avariada pelo resultado do TSE; ao desfilar com Marina pelo comício mixuruca e pelas ações de mídia na Capital, amplificou a insatisfação interna do PT.
Até na campanha de sua própria reeleição, quando seu futuro político está em xeque, o governador desagrega mais do que agrega.
Dormindo com a inimiga, o candidato do PSB perdeu quase todos os amigos e os poucos que, por conveniência, arranja, perderá nas próximas 72 horas ou até o dia da eleição.
Falo do PT, falo da militância que aceitava tapar o nariz ao entregar o material dele junto com o de Lucélio e Dilma e que desde as críticas dele e de Marina a Dilma ontem chutou o pau da barraca.
Melhor pra Vital, que de peito lavado vai à Brasília com um raio X da situação, melhor pra Cássio que num eventual segundo turno terá o PT e a máquina da Prefeitura de João Pessoa neutra.
Esse é o Ricardo indecifrável, incorrigível.