As fortes chuvas que atingiram a Paraíba durante todo o fim de semana causaram transtornos e prejuízos em diversas regiões do Estado. Na cidade de Lagoa Seca, Agreste Paraibano, pelo menos 16 açudes e pequenas barragens se romperam. Os reservatórios já estavam com sua capacidade máxima de armazenamento e não resistiram ao aumento das águas.
A situação levou destruição e medo para as pessoas, deixando prejuízos para dezenas de agricultores que viram suas plantações serem levadas pela força das águas. O rompimento dos açudes também deixou estradas interditadas e com isso algumas comunidades acabaram ficando ilhadas. A prefeitura confirmou a situação de calamidade pública e o Governo do Estado incluiu Lagoa Seca entre as 26 cidades que estão em estado de emergência.
Em sua grande maioria, os açudes e barragens que foram afetados são de origem privada, ou seja, estão dentro de propriedades rurais que muitas vezes acabam não sendo monitoradas, com frequência, por órgãos como Defesa Civil e Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA). O primeiro rompimento ocorreu, por volta das 5h de ontem, na comunidade do Almeida I. O açude Antônio Marcolino estourou, provocando um verdadeiro ‘efeito cascata’, atingindo outros mananciais.
Os rompimentos dos açudes acabaram afetando a estrutura de uma ponte, existente na altura do km 111,5 da rodovia BR-104, no trecho que liga os municípios de Lagoa Seca e São Sebastião de Lagoa de Roça. A água ultrapassou os limites da estrutura de concreto, danificando o asfalto e arrastando árvores e tudo que passava pela frente. O trecho foi interditado pela Polícia Rodoviária Federal e DNIT. Mesmo assim, até o início da noite, não houve registros de vítimas, apenas consequências e danos materiais.
Uma das situações mais preocupantes é a de cerca de 50 famílias que vivem na comunidade do Gruta Funda. As fortes chuvas arrastaram um açude existente no local, deixando uma fissura de mais de 150 metros, danificando o único acesso de veículos existente, deixando várias pessoas ilhadas.