Mais do que nunca os candidatos precisam ter cuidado com as promessas. Há alguns anos era difícil gravar, arquivar, encontrar registros de falas escritas ou em áudio e vídeo sobre obras e ações que eles juravam, de pé junto, que iriam fazer. Agora é fácil encontrar esses juramentos e compartilhá-los para milhares com um único clique. É fácil comprovar o quão um candidato é mentiroso, dissimulado e enganador. Ou o quanto ele tem credibilidade e é honesto na sua postura política. Entre um ataque e outro, críticas e alianças, muitos já começaram a prometer benefícios as pessoas, categorias, comunidades, a cidades inteiras. Muitas juras são claramente eleitoreiras, mas se um dia eram apenas palavras ao vento, agora, estarão numa lista que aparece facilmente num site de busca.

Há candidatos que já sofrem com isso. Em 2006 e 2010, prometeram “pintar e bordar” para beneficiar a população, em seus guias, nos programas de governo, em debates e entrevistas. Boa parte não conseguiu e não foi humilde o suficiente para admitir que a “promessa” não saiu como o esperado. Naquela época, as redes sociais, os aplicativos de compartilhamento de mensagens não tinham a potência a audiência que têm hoje. Ferramentas de gravação cada vez mais fáceis deixam registradas o que pode ser a prova da capacidade de administrar ou da incompetência.
Já recebi dezenas de matérias das assessorias dos candidatos. Muitas já reproduzidas em portais, sites, blogs. Ou seja, estão arquivadas na rede. Devidamente colocadas numa prateleira virtual que pode ser usada para condenar ou consagrar os candidato de forma inconsequente ou irresponsável, alimenta os cidadãos de esperança e depois que conseguem seus objetivos “esquecem” do que falou.
Vídeos do guia do rádio e da TV estão nos celulares e soltas na rede. Não são apenas produto de um grupo. Produto feito, mostrado e esquecido. Agora, até mesmo para chegar ao maior número de pessoas, em horários distintos e plataformas de mídia diferentes, passam a ser de domínio público e o uso pode ser para o bem ou para o mal.
A imprensa sempre guardou essas promessas dos políticos para questionar o porquê elas não foram cumpridas. Mas, questões ideológicas e partidárias, muitas vezes impediam a clareza e a eficácia dessas cobranças. Mas, agora, não. A sociedade tem o domínio da informação produzida pelos próprios candidatos. Pode ser a fiscal e de maneira simples lembrar se foi enganada ou não. Então, é bom tomar cuidado com a promessa que nunca será cumprida porque as palavras têm cada vez mais poder.

Frustração
Todo mundo esperava uma bomba quando a imprensa foi convocada às pressas para uma coletiva na secretaria de Saúde. Mas foi uma frustração só.

Coletiva 
O secretário Waldson de Souza chamou todo mundo para dizer que o estado fez mais de mil leitos e não seis, como disse a coligação “A Vontade do Povo” no guia eleitoral de Cássio Cunha Lima.

Convite 
Na opinião de muitos que foram até lá, a equipe de campanha à reeleição de RC deveria usar o guia para contrapor os dados, ou “desmentir” os adversários e não “convocar” a imprensa para isso.

Desatualizados 
Com boa parte da imprensa lá, o secretário disse que era “um crime” o guia eleitoral de Cássio criar informações mentirosas. Disse ainda que as informações divulgadas não foram atualizadas.

EM CAMPINA
A presidenciável Marina Silva (PSB) chega em Campina Grande amanhã às 14 horas. No aeroporto, concede uma entrevista coletiva. Depois, segue para o bairro do Alto Branco onde se encontra com eleitores.

Em JP
Por volta das 15h30, vai para o bairro de Mangabeira, em JP, onde faz um comício ao lado do Mercado Público. A informação é da assessoria da Rede Sustentabilidade. Expectativa para como será a recepção.

Entusiasmo
As atenções se voltam para o candidato ao Ricardo Coutinho(PSB). Será que ele vai pedir voto para Marina? Com que força? Qual será o tamanho do entusiasmo?

Não pisa
Quem não vai pisar aqui na Paraíba, pelo menos agora no primeiro turno, é a candidata do PT, Dilma Rousseff. Com PMDB e PT separados por aqui, melhor evitar constrangimentos.

Esperança
Na cidade de Esperança, base do deputado estadual Arnaldo Monteiro, José Maranhão (PMDB) discursou o nome escolhido para o Senado.

Sem problemas 
Logo depois, no mesmo palanque, a previsão era que o candidato ao governo pelo PSDB, Cássio Cunha Lima, subisse no palanque. Sem constrangimentos. Uma mistura que não é mais contestada, nem causa surpresa.

Aposta
O candidato ao Senado, Lucélio Cartaxo (PT) fez campanha, ontem, com a militância do deputado Damião Feliciano (PDT) e da vice-governadora da coligação “A Força do Trabalho”, Lígia Feliciano (PDT). O petista aposta que pode ampliar o eleitorado em Campina.