Cássio critica Governo por investir em dois anos apenas R$ 3 mil na capacitação de policiais militares

Candidato a governador tucano destaca não ser à toa o caos na segurança pública, por conta desta e de outras medidas

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Candidato a governador pela Coligação A Vontade do Povo, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) diz que, a cada dia, fica mais evidentes as razões pelas quais a área da segurança pública está cada vez mais caótica na Paraíba, nos últimos anos. Mais um dado atesta o descaso da gestão do governador Ricardo Coutinho (PSB) com a o setor. De acordo com matéria na edição desta quarta-feira (10) do Jornal da Paraíba, o Estado investiu apenas R$ 3 mil na capacitação de policiais militares no exercício dos anos de 2011 e 2012, segundo números do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).

Segundo a reportagem, em 2011, apesar das dotações orçamentárias iniciais tenham destinado R$ 315 mil e R$ 2,015 milhões para a capacitação de policiais militares, apenas R$ 3 mil, que representa 0,95% deste valor projetado, foram utilizados. No exercício de 2012, a situação foi semelhante. As dotações iniciais para a formação e especialização dos policiais eram de R$ 115 mil e R$ 915 mil, respectivamente. No entanto, mais uma vez, apenas R$ 3 mil foi investido.

“O valor da execução orçamentária para a ação de capacitação de recursos humanos foi de apenas R$ 3 mil, correspondendo a 2,61% da dotação inicial e percentualmente nulo para o total executado nesta unidade orçamentária”, destacou o parecer emitido em novembro do ano passado por Elvira Samara Pereira de Oliveira, procuradora-geral do Ministério Público de Contas da Paraíba.

Milhões em divulgação

Enquanto não gasta praticamente nada com a capacitação de policiais, a gestão de Ricardo Coutinho, que pleiteia à reeleição, destina milhões para fazer propaganda das ações de governo. Em 2012, só com publicidade, o governo investiu R$ 38,7 milhões.

Segundo a matéria do Jornal da Paraíba, para a procuradora Elvira Samara Pereira de Oliveira o “excessivo o gasto com publicidade institucional aponta para uma inversão de prioridades por parte do Executivo estadual”.