Os candidatos ao Senado Federal pela Paraíba participam na tarde desta sexta-feira, 29, do debate na Rádio Sanhauá e por ordem de sorteio os postulantes formularão e responderão perguntas aos concorrentes cumprindo regras estabelecidas em reunião com a direção da emissora e representantes das coligações partidárias.
A mediação é do jornalista Antônio Malvino e após os cumprimentos dos postulantes teve início o debate. Cada candidato terá um minuto para perguntar, o tempo para a resposta é de dois minutos, a réplica tem um minuto e trinta segundos para a tréplica.
No segundo bloco de perguntas os candidatos fazem pergunta entre si com tema livre. Wilson Santiago (PTB) perguntou a José Maranhão (PMDB) sobre a proposta para ampliar o projeto da Zona Franca do Semiárido. Maranhão disse que o projeto e a solução para o problema é meramente político e disse que é possível aprovar o projeto se houver mobilização suprapartidária para melhorar a vida dos paraibanos que sofrem com os efeitos da seca, ele garantiu que defenderá o projeto se for eleito, assim como fará com matérias semelhantes que estão tramitando no Congresso Nacional. Na réplica, Wilson disse que Maranhão tem pregado o tempo de vida pública com mais de 40 anos de experiência e questionou a falta de iniciativa de projetos estruturantes para a Paraíba e destacou a necessidade de trabalho para resolver esses problemas. Maranhão treplicou dizendo que não veste a “carapuça” e destacou que sempre trabalhou pelo povo da Paraíba.
A segunda pergunta do bloco foi formulada pela candidata do PROS, Leila Fonseca, ao petista Lucélio Cartaxo, sobre propostas para portadores de necessidades especiais. Lucélio disse que quer incluir as pessoas com dificuldades por achar fundamental instruir e dar assistência às pessoas com necessidades especiais e relatou o desejo de que a sociedade abrace a causa deixando o preconceito de lado e cuide das pessoas com deficiência. Leila treplicou falando que concorda com a inclusão e disse ainda da importância da luta para a implantação de uma FUNAD no sertão paraibano, ela disse que 27,7% da população tem alguma necessidade especial e necessita de projetos específicos. Lucélio treplicou dizendo que pensa em saúde e educação descentralizada para que todos os paraibanos tenham igual acesso aos serviços.
A terceira pergunta foi feita por Nelson Júnior (PSOL) ao candidato do PTB, Wilson Santiago, e questionou o pagamento de aposentadoria aos ex-governadores da Paraíba, que seria de R$ 20 mil. Santiago disse que é contra qualquer tipo de pagamento de aposentadoria a detentores de mandatos, quando os trabalhadores comuns não conseguem benefício se não comprovarem décadas de trabalho; ele citou ainda que cumpriu mandatos, mas abriu mão de aposentadoria por não achar justo com os demais brasileiros e destacou que esta convicção aplica-se a quaisquer políticos sejam aliados ou adversários partidários. Nelson replicou dizendo que os trabalhadores brasileiros trabalham 35 anos para pedirem aposentadoria e defendeu o fim do benefício para políticos, sobretudo “os cassados”. Na tréplica, Santiago reafirmou seu posicionamento dizendo que não acha justo e por isso não requereu o beneficio depois de cumprir dois mandatos na Assembleia Legislativa da Paraíba.
A quarta pergunta foi de Rama Dantas (PSTU) direcionada a Nelson Júnior acerca da opinião dele sobre a autonomia da Universidade Estadual da Paraíba. Ele respondeu citando o histórico da UEPB para conseguir a autonomia e a necessidade de aumento de investimentos para suprir os custos com o crescimento dos campi; ele disse que é importante pensar na importância do governo investir mais na UEPB porque a instituição cresceu muito e em João Pessoa a UEPB não tem campus e em outras cidades alunos já assistiram aula em porões. Rama replicou criticando a gestão estadual em relação ao tratamento dado à educação na Paraíba, além de destacar o sofrimento de alunos, professores e funcionários. Na tréplica, Nelson se comprometeu a cuidar da educação e investir em melhorias para a UEPB.
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Lucélio Cartaxo (PT) perguntou a Walter Brito (PTC) sobre projetos para o turismo paraibano. Brito criticou o atraso no turismo do estado e disse que são 20 anos de atraso em aeroportos, complexos para receber turistas, além da falta de investimentos para atrair pessoas que tragam dinheiro para o estado e gerem empregos para os paraibanos, entre as propostas ele se comprometeu em abrir espaço para empresários que instalarão resorts no estado para gerar emprego, além de duplicar rodovia de Campina Grande a Caruarú. Já Lucélio destacou as belezas naturais da Paraíba e festas tradicionais, mas destacou que é importante cuidar e revitalizar o patrimônio para atrair mais pessoas para a Paraíba. Brito disse que Pernambuco é conhecido no mundo inteiro porque a gestão estadual cuidou dessa área e a Paraíba deve fazer o mesmo.
José Maranhão perguntou a Leila Fonseca (PROS) quais serão as suas ações para melhorar os cuidados às mulheres. Ela disse que fará projetos que valorizem as mulheres com políticas públicas de valorização e cuidado desde saúde, educação e segurança. Na réplica, Maranhão disse que valorizou o gênero feminino durante sua gestão como governador e fará mais como senador. Na tréplica, Leila garantiu que lutará para que as mulheres sejam bem tratadas em todos os ambientes.
O candidato Walter Brito perguntou a Rama Dantas sobre a Paraíba ficar “de fora” das obras da Transnordestina. Rama disse que os senadores não representam os interesses dos trabalhadores, mas o empresariado da Paraíba, “não há interesse no Senado em propostas que visem melhorias para a população, são interesses deles próprios e de empresários”, acusou complementando que não há qualquer discussão com a população e suas necessidades. Walter replicou dizendo que a Paraíba ficou fora do projeto porque não tem representantes comprometidos e deixam a população passando necessidades. Já Rama Dantas treplicou dizendo que a Paraíba precisa de senadores fortes e que defendam o povo.
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