Por Bloomberg
SÃO PAULO – De acordo com uma fonte do governo ouvida pela Bloomberg, Marina Silva (PSB) deve subir forte nas próximas pesquisas e diminuir a diferença sobre Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno para cinco pontos percentuais, uma diminuição de dez pontos em relação ao último Datafolha. A fonte teve acesso aos trackings (pesquisas internas) vistos pelos partidos e pediu para não ser identificada porque estes levantamentos não são publicados.
Segundo a fonte, Marina ganhou parte dos votos de Dilma e um pouco de Aécio Neves (PSDB). Na primeira pesquisa que incluiu Marina entre os candidatos, o Datafolha de 18 de agosto, a diferença entre Dilma e Marina era de 15 pontos percentuais no 1º turno. Dilma tinha 36% das intenções de voto, Marina, 21%, e Aécio 20%.
Os partidos políticos fazem pesquisas diariamente com 500 eleitores para monitorar mudanças na intenção de voto, segundo André Cesar, diretor de política pública e estratégia de negócios na consultoria Prospectiva. Esses trackings têm margem de erro maior que as pesquisas eleitorais conduzidas pessoalmente em maior escala, destacou.
A equipe de campanha de Dilma disse que não comentaria pesquisas antes de elas serem divulgadas oficialmente, enquanto a equipe de Aécio vai esperar a divulgação para comentar. Walter Feldman, coordenador da campanha de Marina Silva, disse que há sinais de que o apoio à sua candidata está crescendo. Nesta semana são esperadas as pesquisas do Ibope, CNT/MDA e Datafolha, segundo website do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ibovespa volta a subir e supera os 60 mil pontos à espera do Ibope e com Petrobras
Lara Rizério, do Infomoney – Impulsionado pelas ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que sobem cerca de 2%, o Ibovespa volta a registrar ganhos e supera os 60 mil pontos. Às 10h27 (horário de Brasília), o índice registra ganhos de 0,46%, a 60.012 pontos, de olho no cenário eleitoral, à espera do Ibope e em meio a expectativas pelo debate presidencial na TV Bandeirantes.
De acordo com o Bom Dia Mercado, da Agência Estado, o Ibope poderá mostrar amanhã Marina Silva bem à frente de Aécio Neves, com um porcentual em torno de 27% das intenções de voto. Enquanto isso, Dilma Rousseff estaria mantendo um teto de 38% das intenções de voto. Conforme destaca o boletim, o Ibope será decisivo para confirmar a tendência mostrada no Datafolha, onde Marina venceria Dilma por 47% a 43%. De acordo com José Roberto de Toledo, em coluna para o Estado de S. Paulo, a divulgação da pesquisa será hoje às 18h no site do jornal e deve mostrar “Marina Silva surfando uma onda de opinião pública de proporções havaianas”.
Está no radar também a notícia da Bloomberg de que, segundo uma fonte ouvida pela agência, uma pesquisa tracking mostrou que a diferença entre Dilma e Marina despencou de 15 para 5 pontos.
Lá fora, depois de abrir em queda, o dia é mais positivo, com os índices europeus subindo com investidores à espera do BCE (Banco Central Europeu) e de olho nas tensões envolvendo Ucrânia e Rússia. As bolsas também são impulsionadas após os dados melhoresdo que o esperado nos EUA. Já as bolsas asiáticas, encerraram o dia em queda, repercutindo as tensões geopolíticas envolvendo os dois países.
O mercado aguarda cada vez mais que o BCE amplie a liquidez já a partir da próxima semana para impulsionar a economia da zona do euro. Além disso, o presidente da autoridade monetária disse que o banco central está preparado para responder com todas as ferramentas “disponíveis” caso a inflação caia mais. Investidores seguem atentos à reunião que deve acontecer hoje entre o presidente russo e ucraniano, enquanto a Rússia estuda o envio de 2º comboio de ajuda à Ucrânia, em meio a acusações de Kiev sobre entrada de tanques no país.
Vivo e Vale em baixa No radar corporativo nacional, a Telefónica, controladora da Vivo (VIVT4), avalia subir oferta pela GVT para até 8 bilhões de euros, disseram fontes à Bloomberg. Segundo a pessoa, o conselho da companhia iria se reunir esta semana. Há duas semanas, a Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3), confirmou seu interesse em adquirir a GVT, rivalizando com a oferta inicial de 6,7 bilhões de euros feita pela espanhola Telefónica. Segundo reportagem da Bloomberg de dois domingos atrás, a companhia italiana estaria se preparando para oferecer até 7 bilhões de euros – o que ficaria abaixo da segunda oferta da Telefónica. As ações da Vivo são destaque de baixa, com queda de cerca de 2%.
Já a Cemig (CMIG4) teve sua recomendação rebaixada pelo JPMorgan, o que leva a queda de cerca de 1,5% de seus ativos. O banco de investimentos revisou a classificação de neutra para underweight (desempenho abaixo da média), com preço-alvo para os próximos três meses de R$ 18 – abaixo do preço de fechamento de R$ 19,96 dos papéis ontem.
As ações ordinárias da Vale (VALE5) caem pelo quarto pregão consecutivo nesta terça-feira, acumulando no período perdas de cerca de 2,5%. Já as preferenciais recuam pelo terceiro dia (-2,5%). O movimento segue a queda do preço do minério de ferro, que atigiu hoje US$ 89 a tonelada, menor nível desde setembro de 2012, praticamente dois anos. Segundo a XP Investimentos, a Vale deve seguir pressionada. No mesmo horário, os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 21,52, -0,37%), holding que detém participação na mineradora, também caíam.