A morte de Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pelo PSB, é uma notícia muito triste. A política brasileira perde uma revelação no processo de renovação de lideranças políticas.
Campos teve a ousadia de tentar quebrar a polarização que se formou nos últimos 20 anos entre PT e PSDB. Foi um governador bem avaliado e um político acima da média. Era um gestor dedicado e um bom articulador político. Uma combinação rara.
Em terceiro lugar nas pesquisas, Campos tentava nacionalizar seu nome. Sabia que era um candidato forte também para a disputa em 2018. Foi deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula e governou o Estado de Pernambuco por dois mandatos. Tinha experiência política e a idade a seu favor. Campos completou 49 anos no último domingo.
É muito cedo para fazer uma avaliação eleitoral com relação à essa perda. Marina Silva, que é filiada ao PSB, poderia assumir a candidatura. Seria uma solução natural. Eduardo Campos e Marina Silva tentavam afinar eventuais contradições. Faziam questão de demonstrar que caminhavam juntos. Apesar disso, todo o projeto da candidatura estava estruturado em torno de Campos. É necessário medir quais seriam os efeitos políticos desta decisão.
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