Candidato a presidente pelo PCB visita a Paraíba nesta terça-feira

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O candidato pelo PCB à Presidência da República, Mauro Luís Iasi, cumpre agenda de campanha hoje na Paraíba. À tarde e à noite, ele vai participar de debates na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campus de João Pessoa.

A visita de Mauro Iasi funciona também como um momento de retomada das atividades da legenda na Paraíba. Desde 2011 o partido deixou de existir no Estado e teve o novo registro aprovado pela Justiça Eleitoral no ano passado, como lembrou o secretário político do PCB na Paraíba, Wladmir Nunes.

“O partido sempre defendeu uma frente esquerda para incentivar que a classe trabalhadora tenha consciência de seus direitos. Reconhecemos a importância da eleição, mas o fato de termos um candidato e uma chapa pura, sem alianças, vai bem além disso. É uma maneira de ampliarmos esse diálogo com os trabalhadores”, ressaltou o dirigente.

A agenda política de Mauro Iasi na Capital paraibana começa com um debate às 14h, na sede do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Aduf-PB), que fica no Centro de Vivência da UFPB. Na ocasião, ele discute o tema “Os desafios da universidade pública brasileira”.

Por volta das 18h30, o candidato vai participar de mais outro debate em João Pessoa, sobre “Conjuntura Internacional e os desafios para a construção do Poder Popular no Brasil”. Desta vez, a discussão acontecerá no Auditório “A”, da Central de Aulas da UFPB.

O último compromisso de Mauro Iasi em João Pessoa está previsto para às 20h. Na ocasião, ele participará de uma atividade cultural (“Sarau pelo poder popular”). O evento será na sede social da Aduf-PB, no bairro Cabo Branco.

Pela manhã, antes de começar sua agenda em João Pessoa, Mauro Iasi segue para o município pernambucano de Goiâna, que fica perto da divisa entre Pernambuco e Paraíba. Lá, ele fará uma visita ao acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) Vanderley Caixe, onde participará de um debate.

Luciana beneficiará educação

A candidata à Presidência da República, Luciana Genro (PSOL), disse ontem que sua proposta de taxar grandes fortunas permitirá a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de tudo que se produz no país – na educação. Ela deu a declaração durante panfletagem na fila do restaurante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acompanhada de militantes do partido.

“Com a nossa proposta de taxação das grandes fortunas, teremos imediatamente R$ 90 bilhões, o que significa dobrar o orçamento público para a educação, no caminho para a efetiva aplicação de 10% do PIB no setor”, declarou a candidata.

Mais cedo, a candidata havia publicado um vídeo em sua página no Facebook, saudando a juventude pelo Dia do Estudante. Segundo ela, a data é uma ocasião para comemorar, mas também para lutar. Luciana Genro defendeu universidade pública e gratuita para todos e ensino de qualidade.

Zé Maria critica o machismo

O candidato à Presidência da República pelo PSTU, Zé Maria, cumpriu agenda de campanha em Sergipe, ontem. O candidato fez panfletagem no início da manhã na entrada de uma fábrica de fertilizantes no município de Laranjeiras, a cerca de 20 quilômetros da capital do estado, Aracaju. Durante o compromisso, o candidato criticou o machismo e outras formas de discriminação.

De acordo com Zé Maria é preciso “atacar o machismo, racismo, homofobia e a violência policial contra os pobres e negros nas periferias dos grandes centros urbanos”. O candidato do PSTU voltou a defender um modelo econômico que priorize os trabalhadores e o não pagamento da dívida pública. Zé Maria disse ser a favor da estatização de bancos e empresas e das terras controladas pelo agronegócio, colocando os bens nacionalizados a serviço da população.

Segundo sua assessoria de comunicação, Zé Maria é o primeiro presidenciável a visitar Sergipe desde o registro das candidaturas.

Dilma quer mais facilidade

A presidente Dilma Rousseff se disse “inconformada” com atrasos em grandes obras públicas pelo país e prometeu ontem criar meios de tornar mais simples a realização de projetos em um eventual segundo mandato.

“Uma das questões fundamentais do meu próximo governo é simplificar os processos de realização de obra. Não para não fiscalizar, não para não respeitar o meio ambiente, mas para poder realizar as obras que o Brasil precisa com a rapidez que o Brasil precisa”, disse Dilma, em entrevista ao grupo RBS.

Ela foi questionada se os atrasos causam inconformidade e respondeu: “Todo santo dia. Como governador [como governante], nós ficamos inconformados. A gente corre atrás, a gente vai atrás.”

Na mesma entrevista, ao responder a uma pergunta sobre demora nas licenças ambientais, disse: “Ninguém dentro da esfera federal pode não ter prazo. Todos nós temos que ter prazo”.

No ano passado, a presidente havia dito que achava um “absurdo” parar projetos em andamento devido a suspeitas de irregularidades, como recomenda o Tribunal de Contas da União.

Economia

Ao comentar a situação da economia, a presidente afirmou que o governo não conseguiu aprovar uma reforma tributária no Congresso em seu mandato por causa de interesses conflitantes dos Estados. “Se perceber que dá para fazer uma reforma, façamos”, disse.

A presidente fez ainda críticas ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Afirmou que anteriormente o procurador-geral da República era conhecido como “engavetador” de suspeitas de corrupção e disse que o país “desmontava a estrutura social” em períodos de crise econômica internacional. Ela rebateu Aécio Neves e disse que o programa Mais Médicos não tem “prazo de validade”.

Questionada sobre a situação dos hospitais filantrópicos, ela disse que o governo fez recentemente a “maior e melhor renegociação de dívidas dos últimos tempos” com essas instituições.

Campos destaca reforma

Candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos afirmou ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) não aprovou uma reforma tributária no Brasil porque “atendeu a pedidos pontuais no balcão e nada deu certo”. De acordo com o ex-governador de Pernambuco, durante seu primeiro mandato, a petista “nem tentou fazer a reforma tributária”.

O presidenciável promete apresentar um projeto para alterar os impostos, caso seja eleito, já nos primeiros dias de governo. As medidas detalhadas em seu programa preveem evitar aumento dos tributos, simplificar o sistema, eliminar o caráter regressivo, que pune os mais pobres, reduzir a taxação dos investimentos, justiça tributária, transparência e melhor repartição de receitas entre governo federal, Estados e municípios.

Os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentaram promover reformas no sistema tributário durante seus mandatos, mas nunca conseguiram chegar a um projeto capaz de alcançar consenso dentro do Congresso por dificuldades para conciliardiversos interesses.

Correio da Paraíba