Charliton Machado diz que será o interlocutor dos diálogos entre PT e PMDB na Paraíba

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O presidente do PT na Paraíba, Charliton Machado, disse que acredita na união entre o PT e PMDB. Durante entrevista ao programa “Debate sem Censura”, na rádio Sanhauá, o presidente garantiu que o PMDB tem “obrigação” de trabalhar na campanha da presidente Dilma Rousseff.

Charliton assegurou que mesmo com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de manter aliança do PT com PSB, os diálogos com o PMDB não foram encerrados: “Na política não existe fim do diálogo quando temos interesses em comum. A candidatura de Dilma vai nos unir no primeiro e segundo turno. Queremos o apoio do PMDB. Eu na condição de presidente terei a missão de restabelecer o diálogo”, assegurou.

O presidente garantiu que a aliança entre PT e PMDB não é repetida pela maioria dos Estados: “Nós, dos 27, temos aliança apenas em 7. Na maioria dos estados brasileiros, o PMDB sequer apoia Dilma. As questões locais devem ser respeitadas. E o PMDB deve fazer campanha porque Michel Temer é o vice, então é obrigação fazer campanha para a presidente”, explicou.

Charliton explicou que o Diretório Nacional do PT não irá recorrer da decisão do TRE porque não é parte interessada: “Nosso entendimento político e jurídico é que o PT nacional não irá recorrer porque não é parte interessada no processo. Ao diretório nacional  coube apresentar os documentos. E quem deve recorrer é o PMDB, que foi quem ingressou com a ação”.

Com relação aos petistas que já declararam apoio a outros projetos, Charliton garantiu que o partido irá preservar os dissidentes: “Esse é um processo atípico. Quero conversar com Anastácio e Bira, eu entendo que alguns petistas tem dificuldades históricas para formalizar essa aliança com PSB. Queremos preservá-los, mas queremos avançar nas candidaturas proporcionais e na majoritária”, afirmou.

Charliton afirmou que cada processo eleitoral deve ser analisado individualmente e disse que é comum os adversários políticos de uma determinada eleição se unirem em eventos posteriores: “O Governo Federal tem um conjunto de obras e ações estruturantes credenciam a candidatura de Dilma. Cada eleição tem um histórico, não dá pra fazer paralelos políticos com a eleição de 2012. Adversários na política não quer dizer que numa próxima eleição não possa haver diálogo e aliança”, concluiu.

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