Cássio: agora a decisão é no voto

POR WALTER SANTOS

Cássio: a sutileza da superação pós dor

Cássio Cunha Lima

Em julho de 2012, no exato dia 7 daquele mês, um silêncio tomou conta da Paraiba a partir da família Cunha Lima com o anúncio de morte do poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima. Naquele sábado chuvoso milhares de parentes e amigos foram dar adeus na Pirâmide do Parque do Povo, sob o som musical profundo e permanente de “Ribalta”, de Chaplin, à quem em vida foi abrigo de muitos lamentos, parte deles do sofrimento vivido como desdobramento da opção que ele e seu filho, Cássio, haviam feito na disputada eleição de 2010.

Antes de ir embora, o mesmo apartamento em Tambaú serviu de ombro para prantos e lamentos pela forma com que havia sido inaugurado o então novo tempo de relacionamento entre gestor maior da Paraiba e paraibanos, muitos deles eleitores da nova ordem.

O preâmbulo elastecido bem serve de abrigo atemporal para acatar em seu bojo de memórias o tempo posto à prova de Cássio, que já ali não agüentava de tantos lamentos desaguados pós Ronaldo na perspectiva de construção de um processo no qual, anos depois, em 2014, pudesse haver a possibilidade de refazenda da busca de uma fase diferente na qual, mesmo diante do governador à beira do tumulo, silencioso, houvesse a recomposição do tempo – para muito além dos amigos de Ronaldo, considerado perdido.

Esta é a síntese de um arrastado processo à época com dúvidas e incertezas sobre qual rumo tomar diante do tal sofrimento popular, mas que com Cássio esse contexto poderia se afirmar-se possível de fato para em candidatura postulada e consolidada na Justiça Eleitoral viesse a ser uma poossibilidade de fato e concreta para servir a um novo tempo.

Passados tantos dias, o sacramento do Tribunal Regional Eleitoral de que inexiste qualquer impecilho à vida política de Cássio se traduz num passaporte de valor amplificado, desde as queixas tantas ao Poeta em fase despedida, ancorada nos ombros do filho que agora carrega o andor de uma jornada somente a terminar em meados de outubro.

A partir desta segunda-feira, 3, contudo, véspera do aniversário de fundação da Paraiba velha de guerra, mais fortemente no berço denominado de João Pessoa, o candidato tucano celebrou consigo e com a força da Lei eleitoral a condição de que, somando-se ao desejo de parte do Estado, agora pode bater no peito e dizer que é Ficha Limpa em grau tal que poderá disputar com quem tanto ajudou a crescer mas não soube em harmonia gerar a nova fase da História paraibana com reais chances de reparar rumos e modos, posto que viver em paz é maior do que poder pensar-se o que não se é.

Pode parecer piegas, mas desde a despedida de Ronaldo que se ouvia o pranto coletivo de se buscar construir a superação dos obstáculos. Uma delas, talvez a principal, foi movida neta segunda, 4, em nome da Lei e da realidade posta, como uma chama a atender os ombros do Poeta para um projeto de contemplação e realidade de uma Paraíba em outro rumo de perspectiva.

ATENÇÃO, ATENÇÃO!”

Para anotar: os efeitos da decisão da Justiça Eleitoral na Paraíba já chegaram em Brasilia. Nesta terça-feira, uma reunião de cúpula pode mudar os destinos da realidade posta.

Já ontem eram convocados os líderes de direito – todos de fora da aldeia paraibana.

INCOLUME, MAIS UMA VEZ

O novo bafafá da Petrobras puxado pela grande Midia passou longe do bereaux e dos papéis do senador Vital do Rego Filho como presidente da CPI.

É mais um teste de fogo superado sem ter seu nome envolvido.

ECONOMISTA DO ANO

Quem chega em João Pessoa procedente de Valença, Espanha, é o superintendente do SEBRAE/PB, Luiz Alberto Amorim.

Foi escolhido pelo Conselho de Economia da Paraiba como o Profissional do Ano.

Mérito, então.

UMAS & OUTRAS

…Bob Zácara faz cooper na praia do Cabo Branco. Geralmente no final da tarde.

…Mesmo horário do conselheiro Flávio Sátyro e sua cabeleira de Datarnhan.

…O WSCOM não pára de dar Furos. Vem um já já de Brasilia.

…Fabiano Lucena com Ricardo Coutinho pode ser tudo mas é também o “troco” à não candidatura de Cicero.

ÚLTIMA

“Todo menino é um Reiu/ eu também já fui Rei…”