De pai para filho, de tio para sobrinho, de mãe para filho, de irmão para irmão, não dá para negar que o dote genético mantem famílias unidas em prol da sociedade paraibana.

Em família

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Dizem que está no DNA, nos cromossomos e passa, assim, de geração em geração. É o gene da política, do desejo de mudar e transformar a sociedade, de levar qualidade de vida para população mais carente e menos desassistida. A cadeia hereditária tem a composição que estimula a lutar por uma vida mais justa e igualitária. É ela que alimenta esse desejo de ser o representante daqueles que mais precisam. Será? Não me arrisco responder.

De pai para filho, de tio para sobrinho, de mãe para filho, de irmão para irmão, não dá para negar que o dote genético mantem famílias unidas em prol da sociedade paraibana. Ou, pelo menos, deveria, já que somos loteados por elas. Não serei leviano em julgar. Mas não nos furtaremos de registrar que muitas dessas raízes da política hereditária têm um estímulo muito maior: a manutenção do poder, da influência e de todas as benesses que se desvela em cadeia. Assistimos, desde sempre, a marcação de cadeiras, demarcação de territórios e de currais eleitorais familiares para ascensão e manutenção desses grupos. Nesta eleição, a história se repete. Questionar essa troca, de um pelo mesmo, é essencial.
Mas por mais que alguns questionem a permanência deles no poder, não vejo isso como o grande problema, afinal, graças à democracia, ao voto secreto e livre é a população que os mantém até hoje, e tem o poder de promover a destituição dessas células. Acho que nosso amadurecimento político não será com o “destronamento” dos Maranhão, dos Cunha Lima, dos Santiago, dos Vital, dos Roberto, dos Ribeiro, dos Gadelha, dos Motta, dos Coutinho ou dos Cartaxo. A queda de uma família significa a ascensão de outra. Esse é o moinho. O que nós devemos aprender é exigir, de qualquer sobrenome, o DNA de gestor público. Ou talvez, de gestor público com eficiência da gestão de empresas privadas. O gene do comprometimento, da transparência, do planejamento e dos resultados.
Nós, formadores de opinião, “instruídos”, alfabetizados, escolarizados temos obrigação de colocar na berlinda a gestão de nome ou de sobrenome. Não importa. O silêncio já foi arma dos reinados e sua linhagem, a chibata e o grito já foram ferramentas dos coronéis e seus filhos. Não são mais. Tudo bem que o dinheiro e a pobreza fixam a política do voto familiar, da troca de favores. Mas tudo está posto para exigirmos e fazermos exigir muito mais que um sobrenome.

 

Serviço
Bola dentro do deputado federal Ruy Carneiro (PSDB). Presta um grande serviço tentando mobilizar a classe política a não pintar, pichar os muros das cidades com propaganda eleitoral.

Batalhas
Engana-se quem acha que só há disputas acirradas e ferinas na seara político-partidária. As batalhas por vagas no judiciário também estão pegando fogo.

Aroeiras
De um lado, o prefeito do município de Aroeiras, Mylton Marques (PSDB), declara apoio à reeleição de Ricardo Coutinho (PSB). Arrancou um aliado dos tucanos.

Sertãozinho
Do outro, a prefeita de Sertãozinho, Márcia Mousinho (PMDB) seu bloco político adere ao projeto de eleição de Cássio Cunha Lima (PSDB). Deixou Vital com menos um.
Folguinha

O desembargador João Alves da Silva disse ao antenado repórter de política do JP, Lenilson Guedes, que a “folguinha” por causa do jogo do Brasil, ontem, seria ocupada com a análise do processo movido pelo PT nacional, pedindo ao TRE-PB a anulação da convenção do PT estadual, que determinou aliança com o PSB na Paraíba. Ele afirmou que nesta quarta-feira vai apresentar seu voto. Na expectativa.
Impugnação
Começou o prazo para os pedidos de impugnação de registro de candidaturas. Já se espera os advogados do de RC, candidato à reeleição, com um pedido contra o registro do senador CCL.

Confusão
Devem questionar a elegibilidade de Cássio. Como há vários entendimentos sobre o assunto, eles apostam que, no mínimo, vão criar uma confusão no “imaginário” popular.
Diminuição

O TRE revelou que houve uma redução de 29.937 eleitores no Estado, em relação às últimas eleições. A diminuição é resultado da limpeza feita pelo recadastramento biométrico, segundo o TRE.

Patrimônio

A declaração dos bens dos candidatos feita ao TRE revelou que RC teve uma evolução patrimonial de mais de 50% da eleição de 2010 até hoje. CCL, um aumento de 36% e Vital, quase 10%.

Humilhação

Depois da humilhação no jogo de ontem, as piadas na internet salvaram a noite. Lá vai uma: “Nem a fábrica da Volks faz tanto gols em 45 minutos”. A derrota foi um recado ao futebol brasileiro e à CBF: é a desorganização superando o talento.

Cantores

Os cantores Genival Lacerda (PMN), Vital Farias (PSB) vão usar a voz nos próximos três meses para conseguir votos. Vão disputar uma vaga na Câmara Federal.

No humor

O humorista Márcio Tadeu vai deixar a “piada” de lado e encarar sua primeira eleição. Segue busca de uma das 36 cadeiras da AL.