Cícero critica 'diálogos' do PSDB e não confirma candidatura avulsa ao Senado

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O senador Cícero Lucena (PSDB) disse na tarde desta quarta-feira, 25, que é necessário fazer um projeto em que o governo priorize o futuro da população, “que valha pelos mandatos seguintes, não tem que se fazer um planejamento de reforma política para as eleições de 2014 ou 2018, mas para as eleições de 2022. Nós temos a consciência de que tanto a reforma política como muita coisa nessa vida só acontece quando a coisa está degringolada, no caos, na crise ou na lama, só vai acontecer nisso”, desabafou.

Cícero criticou a existência de 35 partidos no país e afirmou que os partidos têm a consciência que o tempo de televisão se transformou em moeda de troca devido ao desinteresse da população. Cícero disse que se preocupa com a movimentação política e comparou o moído com os dribles do craque Garrincha, que recebia as instruções de jogada e questionava se o oponente sabia do planejamento.

Lucena disse que todos os diálogos às vésperas das convenções não é processo democrático e afirmou que foi convidado para ser vice-presidente do Solidariedade e depois para integra o PP, mas negou os convites por ter uma história e compromisso com o PSDB.

“Eu fico preocupado quando vejo o presidente do meu partido dizer que o PSDB pode ir com fulano, com sicrano e com o alfabeto inteiro, não é dessa forma que deve se fazer política. Conversar é uma coisa, mas oferecer a vaga para qualquer um não tem critério”, desabafou.

Ele questionou os motivos que levaram o PSDB a oferecer a vaga de senador para outros partidos quando deveria usar o critério de fortalecer o partido e a pré-candidatura de Cássio Cunha Lima.

Cícero Lucena afirmou que nenhum candidato tem eleição certa, “política é muito dinâmico”, disse. Ele afirmou que não fala com Ruy Carneiro há mais de dois meses e brincou que acredita que o presidente do PSDB perdeu o número de seu telefone e destacou que não tem reunião marcada com Ruy ou com Cássio para dialogar sobre sua participação nas eleições de outubro.

Sobre a possibilidade de lançar candidatura avulsa, ele disse que o estatuto do PSDB lhe permite isso e disse ainda que poderá acontecer no Pará, “não é avulsa, mas a coligação poderá ter mais de um candidato, tudo homologado em convenção, tenho alguns amigos que estão estimulando e querendo isso, eu prefiro continuar esperando a resposta do partido e não vou admitir outra possibilidade”, finalizou.