As bancadas da situação e da oposição, além do bloco independente na Câmara de João Pessoa, repercutiram a cassação do vereador Sérgio da SAC (PRP) e a rápida posse do suplente Dinho, do mesmo partido. Desde o fim da ditadura militar e o início da redemocratização do país, essa é a primeira vez que ocorre, por determinação judicial, o afastamento de um parlamentar da Casa Napoleão Laureano, segundo confirmou a Direção Geral do Poder Legislativo municipal. A mesa diretora garante que todo procedimento seguiu os prazos e a orientação do regimento interno e da Lei Orgânica do Município.
Quando questionado se a posse do vereador Dinho havia sido feita às pressas, o líder da bancada da situação na Câmara de João Pessoa, vereador Bruno Farias (PPS), respondeu que a Casa agiu de acordo com a lei. “O afastamento do parlamentar foi um episódio nunca experimentado. Temos relação de aproximação tanto com Sérgio da SAC quanto com Dinho. Nós estamos tratando de um poder instituído, mas temos o dever de cumprir as decisões judiciais. Foi isso o que a mesa diretora fez. Espero que, por meios das diversas instâncias, a Justiça seja feita. Até porque trata-se de dois colegas que têm respeito e compromisso com o povo”, destacou.
A reportagem tentou ouvir o líder da bancada oposicionista, Fernando Milanez (PMDB). Porém, o parlamentar não foi localizado por telefone. Entre os demais parlamentares da oposição, que estão de recesso, apenas a vereadora Eliza Virgínia (PSDB) foi encontrada. Ela disse que espera que a mesa diretora da Casa tenha tomado uma postura independente. “Ultimamente, a Câmara tem seguido muito todas as orientações do Executivo. Mas eu espero que (os membros) tenham seguido realmente o que manda o regimento interno, até porque, se isso não acontecer, Sérgio da SAC pode entrar com um processo”, afirmou.
Enquanto isso, o líder do bloco independente, Geraldo Amorim (PDT), preferiu não emitir opinião sobre a saída do parlamentar e a posse do suplente.
Do Blog com Jornal da Paraíba